segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Magnetismo

(da Série Relatos da América - Palm Harbor, Ago. 2004)

Aqui nesta região onde moramos existem muitos golfinhos, eles são umas graças, andam em bandos ou no mínimo em pares e adoram ficar em lugares onde há bastante gente.
Outro dia estávamos lá no mar e de repente, bem pertinho de onde estávamos, apareceu um casal, brincando, entrando e saindo da água.
Na verdade, como não temos muita prática de convivência com eles, logo que vimos aquelas barbatanas entrando e saindo da água, levamos um susto, achamos que eram tubarões, que aqui por esta região também são comuns.
Mas, aprendemos que a barbatana do tubarão é mais pontudinha do que a do golfinho. Antes de sermos devorados, saberemos identificar a tempo quando for tubarão e quando for golfinho!...
Aqui nesta região é também comum a existência daquele mamífero aquático, enorme e estranho, que aí no Brasil a gente só encontra no Amazonas, o peixe-boi. Aqui pertinho há até um condado chamado "Manatee" , que é o nome do peixe-boi aqui, de tão comum a sua presença.
Pensando na esperteza muito característica dos golfinhos, começamos a procurar por informações a respeito e nos deparamos com as notícias de que baleias e pinguins, característicos de regiões frias, tem aparecido encalhados nas praias e das tentativas que tem sido realizadas para salvar os bichinhos e bichões, muito comum no litoral brasileiro e australiano.
Procuramos nos jornais por alguma explicação para esclarecer este fato, mas, o máximo que conseguimos foi uma declaração de um biólogo dizendo (sic) "que os pinguins devem ter sido levados pela corrente marítima e se perdido e as baleias teriam se cansado da viagem e encalhado na areia"...
Lá fomos nós na Internet procurar por alguma explicação convincente para estes fenômenos e quero aqui dividir com vocês o que descobrimos porque é muito intrigante e interessante.
Os bichos, as aves, os peixes, costumam se movimentar, se guiando pela freqüência magnética da Terra, como por exemplo, quando migram de um lugar ao outro.
As aves daqui, no Outono, vêm do Norte em direção ao Sul, fugindo do frio, chegando aqui na Flórida orientadas pela freqüência magnética, que sinaliza que por estes lados é bem mais quente.
O que determina as diferentes estações do ano é a inclinação do eixo magnético da Terra. As bússolas nos mostram o Norte/Sul/Leste/Oeste magnético e não o geográfico.
Este campo magnético possui uma ressonância mais ou menos constante, uma pulsação, como se fosse um marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera. Todos os seres que habitam este planeta são dotados da mesma freqüência magnética da Terra: 7,83 Hertz.
A frequência magnética da Terra tem aumentado e o eixo do planeta, que tinha uma inclinação de 27 graus, está se verticalizando. Daí, o derretimento de geleiras do Ártico e do Chile e aumento da incidência da luz do Sol, devido à mudança do eixo que está acontecendo lenta e constantemente. .
Conseqüentemente, as aves, os peixes e os animais perdem o seu rumo e aparecem em regiões e locais completamente inesperados, sem conseguir administrar sua noção de direção.
Estes fenômenos acontecem a cada 25 mil anos, fazendo com que áreas desapareçam sob as águas e outras apareçam, criando uma nova Geografia para a Terra.
O incrível disto tudo é que não há nada que se possa fazer a mais do que tentar salvar os bichinhos e as aves, da melhor maneira possivel.
Outro dia o jornal contou que pelicanos da Califórnia, que normalmente migram para a Flórida, estavam parando no Arizona e no Texas e confundindo o brilho do asfalto contra o sol com lagos, ao tentar mergulhar, espatifavam-se no asfalto.
Como eu já havia lhes contado, os pelicanos ficam sobrevoando o mar e lá de cima, enxergando os peixes que querem comer, acertam a direção, e vêm num lance só, mergulhando de cabeça em ângulo reto no local e saindo felizes, com o seu manjar no papo.
O fato é que nós sempre nos perguntamos como é que alguns bichos, passarinhos, espécies da Natureza possam ter essa precisa orientação magnética. Com exceção do cachorro e do golfinho, não se tem notícia de mais algum bicho com inteligência, isto é, a sua noção de freqüência magnética é que é muito presente e muito intensa, funcionando como uma espécie de “consciência”.
É interessante, que nós humanos, mesmo dotados de inteligência, instintivamente nos guiamos também pela freqüência magnética, mesmo sem o saber...
Quando nos simpatizamos com alguém ou quando dizemos que certa pessoa é muito carismática, que tem um magnetismo especial, é porque sem o saber, estamos na mesma frequência magnética, algo imensurável nos atrai a esta pessoa.
No âmbito dos seres humanos também podemos observar a ocorrência de uma falta de senso de direção interna, não externa, como consequência destes fenômenos geofísicos.
Este fenômeno não está ocorrendo apenas no nosso planetinha azul, mas, em todo o Universo.
Acesse o site abaixo através do link, para ler a matéria muito bem escrita e muito explicativa sobre este fenômeno, com excelentes ilustrações :
http://www.cubbrasil.net/index.php?option=com_content&task=view&id=3299&Itemid=87

Lúcia M.

domingo, 4 de outubro de 2009

Outra Dica muito interessante

O jornal "Estado de Minas", na sua edição do dia 11 de maio de 1998, trouxe uma matéria sob o título : “Chapéu de Napoleão” é um cardiotônico “ informando que o pesquisador francês, professor Henri Dadoun estava obtendo um medicamento cardiotônico a partir da semente de Chapéu-de-Napoleão, cuja composição química é semelhante à da Digitalis Lanata, planta européia conhecida por fornecer os medicamentos à base de digoxina e de lanatosídeo C. Segundo o professor "apresenta a vantagem de conter teores de composição ativos dez vezes maiores do que os encontrados na Digitalis e de apresentar menor toxidade".
Em 31 de julho de 1993, a revista “Manchete” publicou uma reportagem sob o título "As sementes milagrosas do Dr. Smith", onde o médico e professor da USP , Dr. Henrique Smith, autor do livro "Aguaí Zen" surpreendeu a todos ao anunciar a descoberta de uma semente que, segundo ele, poderá "despontar como uma das grandes panacéias deste final de século". A semente emite uma vibração contínua, que tem a virtude de "fechar o corpo" do seu portador, servindo de couraça contra doenças e devolvendo ao homem o equilíbrio psíquico e o bem-estar físico.
"Não é magia e nem simpatia", diz o médico, amante da macrobiótica e terapeuta natural.
Usar uma pequena semente em contato com o corpo evita problemas de reumatismo e acaba com a dor de coluna.
De uso externo, é utilizada em contato com o corpo.
Entretanto, em doses elevadas apresenta efeito altamente tóxico.
Pesquisando a emissão da energia das sementes através de um aurímetro (aparelho detector de aura) descobriu que se classificavam em: femininas e masculinas.
Dr. Smith, adepto da macrobiótica e da filosofia oriental, garante que as sementes de Aguaí protegem as pessoas de doenças e de vibrações negativas e garante também que ajuda as pessoas a concretizar seus sonhos e antigos desejos de ascensão social, por exemplo.
No Norte do Brasil é muito utilizada, recebendo o nome popular de “semente elétrica”.
Trata-se de um arbusto alto ou uma árvore pequena, com até 10m, conhecida popularmente como Chapéu-de-Napoleão. Pertence à família das Apocynáceas, catalogada cientificamente como Thevetia Peruviana Schum., Thevetia Neriifolia ou Thevetia Ahouai.
É também conhecida popularmente, como : Aguaí, Jorro-jorro, Patuá de Santo Inácio, Chapéu de Napoleão e semente elétrica.

Lúcia M.

sábado, 3 de outubro de 2009

Detalhes Urbanos

(da Série "Relatos da América"
Bronxville, Julho 2001)

Hoje vou lhes contar a respeito do que vemos por aqui a esta época do ano.
O verão aqui, como todas as estações, é intenso, rápido e incisivo; em geral, seco, até que chove por meio dia e fica úmido demais por uns dois dias, fazendo com que nos sintamos o tempo todo meio molhados por dentro e por fora. Já não há mais flores por todo o canto, como no auge da primavera, devido ao calor intenso. Porém, é a coisa mais linda, as florzinhas do mato que salpicam aqui e ali no meio do verde: florzinhas lilazes, azuis, rosa, rosa-choque, lavandas com cores entre o azul e o lilás, branquinhas, jasmins perfumados exalando o seu perfume à noite, sob o orvalho, “damas da noite”...continua uma paisagem e um perfume embriagantes. E o mais interessante é que estas florzinhas pipocam por entre as gramas, nascendo espontaneamente...Ainda assim, em muitos lugares, como aqui em Bronxville, os canteiros continuam super floridos, e quinzenalmente são trocadas as flores destes, com um bom gosto e uma harmonia incríveis, parecendo uma festa.
Aqui, como o dinheiro público é realmente revertido para o público, em lugares onde o recolhimento é mais polpudo, como aqui em Bronxville e em toda esta região de Westchester, há verba para o que chamaríamos de supérfluo, como o cuidado com as flores em todo lugar em que haja um canteirinho para ser cultivado. Aqui pertinho há diversos deles, com variedades de florzinhas em tons de rosa, azul, lilás, que parece mais um sonho de infância, de tão bonito! Já em outros lugares aqui na região, há canteiros com florzinhas que vão do amarelo-ouro ao vermelho, passando pelo alaranjado, formando um conjunto alegre e tão colorido quanto o verão.
Privilégio nosso estarmos morando em um lugar assim tão especialmente bonito, o que agradecemos diariamente à vida e aos céus!
Ontem estávamos aqui em casa por volta das 19h30, quando escutamos o som de gaitas de fole escocesas vindo da rua. Saímos atrás daquele som maravilhoso e fomos apreciar o que se passava. Havia uma banda ensaiando para tocar em uma comemoração para um oficial da Polícia de N.Y. que estava se aposentando (numa festança aqui em um restaurante próximo). Lá fomos nós, que nem crianças atrás do circo, e tivemos a oportunidade de nos deleitar com um show ao vivo de gaitas de fole, com todos os homens vestidos com aquelas saias com um monte de apetrechos pendurados à cintura, calçados especiais, boinas com penachinhos verdes combinando com os detalhes da roupa... A noite estava muito clara e o céu era de um azul infinito, a temperatura era amena e aquele som pelo ar... ah!...nossa criança se encheu de alegria! Muito lindo!
Aqui nesta região do país, é costume bandas de gaitas de fole estilo Escócia, devido à forte influência inglesa, afinal, estamos na região de New England.
Nos desfiles do dia de Saint Patrick, que se realizam em Manhattan no dia 17 de Março (Saint Patrick é o santo católico, protetor da cidade de New York) acontece um grande desfile lá na “city” com milhões de bandas de gaita de fole com o pessoal todo paramentado com saias, penachos, boinas, etc. Nós não tivemos coragem de ir até Manhattan, porque a cidade esteve super lotada de gente por causa deste desfile e porque o povo bebe demais nesta ocasião, então, achamos mais prudente apreciar pela TV, embora não tenha o mesmo “sabor”.
Outra coisa muito interessante, que quero relatar para vocês: lá na “Grand Central”, que é a estação de trens principal de Manhattan, lindíssima (fundo para vários filmes famosos) há um espaço especial para exposições de arte. Outro dia nos deparamos com uma exposição “sui-generis”. Uns alunos de uma escola de artes em N.Y. descobriram que nos porões da escola haviam inúmeras máquinas de escrever empilhadas, aguardando um destino a ser dado para aqueles objetos completamente obsoletos e decidiram criar instalações de arte, dando-lhes uma função qualquer. Então, de forma muito harmônica, montaram nichos ambientando as máquinas de escrever, sugerindo diversas e divertidas utilidades para estas: porta-maquiagens, porta-revistas, escorredor de pratos, etc...artisticamente montada, muito lúdica e interessante, a exposição, patrocinada por grandes empresas, como tudo o que acontece por aqui.
Aqui o poder público tem o dom de conciliar a sua verba com o auxílio de empresas privadas, possibilitando inúmeros acontecimentos especialmente ligados à Arte, equilibrando as despesas e proporcionando ao público a possibilidade de usufruir de tudo sem colocar as mãos no bolso propriamente (ou, dispondo o mínimo possível de dinheiro para poder usufruir do “show”). Estas iniciativas casadas entre o poder público e o privado aqui, são fantásticas e acontecem aos montes, especialmente agora, no verão, porque no inverno, o pessoal quer mais é ficar enfiado dentro de lugares quentinhos e aconchegantes...
Aqui se depara com objetos de arte, esculturas, exposições de fotos, “shows” ao ar livre, a todo momento, transformando o verão em uma verdadeira festa – o que aliás, é mesmo!
Manhattan se transforma, entupida de turistas de todas as procedências, curtindo tudo a que têm direito. Guardadas as proporções, lembra muito São Paulo, que também oferece inúmeros espetáculos o tempo todo por precinhos bem camaradas. Só que aqui, como tudo é grandioso, quando algo acontece é sempre estruturado com o que existe de mais moderno combinado com o tradicional.
Atrás da Biblioteca de N.Y. existe um grande parque, com cadeirinhas e mesinhas ao ar livre (agora, no verão) e no horário de almoço, um “show” de música ao vivo acontece duas vezes por semana. O pessoal que trabalha por lá se senta nas cadeirinhas e enquanto “almoça” fica lá curtindo um sonzinho ao vivo – patrocinado sempre pela Prefeitura da cidade e por algumas empresas privadas – o sistema de som é o mais moderno possível, com equipamentos de última geração e se o espetáculo é de dança, há sempre um telão reproduzindo tudo com uma imagem impecável.
Enfim, este povo daqui realmente carece de cultivar o afeto, mas, em matéria de recursos e de capacidade de misturar a arte com a tecnologia, somos obrigados a lhes tirar o chapéu e nos curvarmos diante da sua capacidade...coisas de primeiro mundo!
E é nestas horas que a gente consegue entender direitinho a diferença para o título de “primeiro mundo”...então, a gente percebe que dependendo do sistema político e da vontade política de quem administra o dinheiro público, há ainda muita riqueza neste mundo para que a Humanidade possa realmente um dia ser mais feliz e ter suas necessidades básicas supridas com muita arte como cenário de fundo...

Lúcia M.

Universo e sincronicidade

Temos sido levados a acreditar que o que nos faz felizes encontra-se "lá fora" e que para o alcançarmos é necessário sofrer, gemer, perder o sono, a fome, o prazer de viver, é preciso transformarmos nossos dias numa batalha em que, na maioria das vezes, não nos reconhecemos como vencedores, dignos dos louros e do prêmio.
Cegamente, nos embriagamos com as mensagens invertidas do "marketing," estimulante do consumismo e do culto ao "Ego", entregando todo nosso ser a metas externas.
Quem é que nunca sofreu uma dura decepção, a primeira vez que viu espelhado em seu extrato bancário, o quanto aquele Banco, que no anúncio se dizia seu "amigo", lhe tirou por conta dos juros cobrados?
...É bom e confortável morar num local limpo, claro, espaçoso e bonito...
...É bom e confortável estar bem vestido e bem calçado, com harmonia e bom gosto...
...É bom e confortável saborear uma comida feita com esmero, com uma aparência cativante, exalando um perfume estimulante em uma mesa bem arrumada...
É bom para a alma conhecer novos lugares com sua beleza e encantos próprios, ampliando nosso universo e estimulando nossa imaginação...
O coração não sabe fazer conta, não reconhece números como seu nutriente e quando se sente desnutrido sinaliza fortemente, sem possibilidade de seus alarmes não serem escutados – sua campainha toca em alto e bom tom.
Tenho aprendido e constatado que não existem mistérios e sim, verdades ainda não desvendadas.
Algumas situações tem me provado que muitas das crenças que compõem o nosso ser, a partir da nossa cultura, limitam nossa percepção, impedindo-nos de enxergarmos adiante.
Sendo o pensamento força, o grande lance é abrir mais e mais nosso campo de visão e de percepção, para podermos amplificar esta força que é o pensar, derrubando as fronteiras que o limitam.
Por fim, o que a Vida nos oferece é, com poucas exceções, sempre mais e melhor do que havíamos planejado, extrapolando nossa imaginação.
Não adianta forçarmos o rumo a ser dado aos fatos.
O Universo é regido por leis. Sempre que agimos em sincronicidade com estas leis, a "resposta da Vida" é positiva.
É preciso se dobrar à humildade para poder perceber a delicada evidência das mensagens que a vida nos traz o tempo todo.

Lúcia M.