segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Imagem


Guardadas por tanto tempo
nos porões dos sentimentos...
tantas lágrimas contidas
embaçam o meu olhar
embaraçam meu andar,
me corroem a todo momento.

As lágrimas de contentamento,
de emoção boa, que rega a terra,
escondo-as na expressão
que não se altera.

Tantos sentires confusos, solitários...
Quero gritar e me calo
Quero chorar e me seco
Quero a você abraçar
E não o faço, me guardo

No peito ofegante
me falta o ar...
Como se a cada momento
morresse um pouquinho
Como se a vida tivesse
se esvaindo, se indo,
silenciosamente se despedindo.

Nesta imagem de mim mesmo
plácido, impermeável
não me encontro,
não me acho,
neste olhar impenetrável.

Engano-me, engano o mundo
nesta imagem, que refletida
mostra um ser que não existe.
Confuso me perco, me vejo
no cenário desta vida
numa história invertida...

A alma chora, o peito dói.
Minha verdade onde está?
Onde se encontra o começo?
Tanto tempo em mim mesmo
e nem ao menos me conheço?

Lúcia M.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E agora, José?



“A Física Moderna, a Física Quântica, passou a ser desenvolvida a partir de 1900 e surpreendeu os cientistas daquela época porque fornecia uma descrição do mundo que era muito diferente da que se conhecia até então.
Criada séculos antes, a Física Clássica já trabalhava com o conceito de causa e efeito e permitia conhecer com preciosidade os movimentos dos objetos, suas posições e velocidades. Além disso, ela se sustentava na idéia de que é possível medir um fenômeno objetivamente, sem que nossa observação o altere.
Na realidade quântica nada disso acontece. Nela, não é possível saber a posição de um átomo com precisão, mas apenas a possibilidade de que ele esteja numa certa região. Para complicar ainda mais, a nossa observação altera os objetos que estamos tentando medir, e não dá para saber como ele era antes de ser observado – nem se existia antes da observação. E certos fenômenos acontecem simultaneamente, jogando para escanteio a noção de causa e efeito.
Sem causa e efeito, sem objetividade, cheio de acaso e de indeterminação, esse é o labirinto quântico em que vivem os átomos e seus constituintes.” (Revista Galileu. Ed. Globo. In: “O Segredo por trás de “O Segredo” : No.192-Jul. 2007 -pg.36–41)
Parafraseando Drummond, a pergunta que não quer calar é :“E agora, José?”...
E agora, José? E agora, que nossas crenças incrustadas em nós como uma segunda pele tem se revelado infundadas, tem se parecido como histórias inventadas criadas pelo imaginário humano?
E agora, José? E agora, já que as Instituições tem naufragado num mar de mentiras que tem sido desvendadas uma a uma...
E agora, José? E agora, já que jovens manipulados pela argúcia do jogo do poder colocam suas vidas a serviço de um jogo político, como peças num tabuleiro, explodindo como bombas ao vento?
E agora, José? Já que apenas jovens que tem saúde continuam sendo levados para o campo de batalha em nome da causa política travestida de patriotismo?
E agora, José? Já que jovens recém saídas da infância sacrificam sua saúde, sua alegria e entusiasmo naturais de viver, num esforço desumano em busca do saco de dinheiro com que o mundo da Moda as seduz, escravizadas pelo padrão da feiúra desnutrida e sem vida, para que se transformem em esquálidos cabides humanos apenas?
E agora, José? A festa está acabando, está chegando ao fim... E agora?
Qual será a mensagem escondida por trás do que chamamos de “ segredo”, se tudo o que era reconhecido por todos como verdade, como referência, como padrão, perdeu seu significado, seu valor, não se aplica mais a esta realidade?
O “ segredo” é que não há mais segredo sobre nada.
A verdade se tornou acessível a todos.
Longe ficou na História o tempo em que as Bibliotecas eram valorizadas como um ambiente freqüentado apenas por uma minoria das elites.
A expansão da mídia e a Internet vieram para ajudar a escancarar o que se quiser para quem quiser ...não há mais segredos e nem mistérios.
Esta é a “ Era da Revelação” , da abertura dos segredos, do acesso ao conhecimento, da retirada do véu da ilusão.
O que era considerado verdade absoluta vem se esfarelando, como a ferrugem do metal que um dia foi firme e resistente.
Por tanto tempo as verdades foram sustentadas e alimentadas como absolutas, arrogantemente propagadas como a única direção a ser seguida, que de tão inflexíveis, foram se enferrujando, se esfarelando a nossos olhos.
A hora agora é de reconhecer a si próprio como a grande dádiva da vida, como o grande ser que se encontra acima da escravidão religiosa, acima das humilhações e das presunções provocadas pelo jogos de poder e da busca pela sua conquista.
A hora agora é de reconhecermos cada um de nós como partes da abundância que é a vida, especialmente, quando nos dedicamos a amar, já que o Amor é multiplicador e é a nossa maior fonte de alegria.
Sem dúvida, é o Amor o maior incentivo que nos leva a enxergar o Mundo que existe para além do nosso umbigo, para exercitarmos a nossa capacidade de escutar, de acolher e de compreender o outro.
Agora, José, é a hora em que a única verdade, que se chama Amor será o nosso guia neste momento, no emaranhado de fios frouxos quase não mais entrelaçados, como uma luz a nos guiar seguros por este novos caminhos que se descortinam livres dos referenciais conhecidos até então...
Agora, José, quando você assistir ao filme “ 2012” , ignore o caráter alarmante em clima de “ fim de mundo” que esta produção deseja imprimir em você e em todos...pois, o fim que se revela não é do Mundo, não é de você, de seus filhos, amigos, colegas, cônjuges, pais e parentes. É sim, a hora do fim, mas do fim de um sistema de vida baseado em falsas premissas, uma verdadeira usina de produção de frustrações, de desilusões, de desamores, de profundos conflitos subjetivos, de sentimentos depressivos e depreciativos em relação a si mesmo...
E agora, José? Esteja alerta. Abra-se para as revelações que estão ocorrendo diariamente trazendo a verdade que se encontrava escondida.
A “ Era de Aquário” já se iniciou. Inúmeras “ crianças índigo“ e “ cristal” tem demonstrado que aqui estão para nos ajudar nesta nova etapa da nossa História em que a criatividade, a abundância e o Amor serão a tônica e não mais a escassez, a competitividade, o conflito, os jogos de poder e a conquista de valores externos simplesmente.
O segredo é este: não existe mais nada secreto.
Nesta dimensão em que estamos entrando, na quinta dimensão, tudo se enxerga sem disfarces, tudo se apresenta exatamente como é, sem segredos.

Lúcia M.