quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Derrubando crenças

A vida é dificil: Tem que matar um leão por dia
Esses dias fui ao Rio para ministrar workshop . Estava jantando com meu pai e uns amigos, ouvi uma amiga falar a seguinte frase:” Tem que matar um dragão todo dia, se você não matar, ele te mata”. Pouco tempo depois ouvi ela repetir de novo. Creio que ouvi mais duas vezes depois disso.
A filha dela também estava presente. Tem a minha idade. Imagine o quanto ela já deve ter ouvido essa frase da mãe... E assim crescemos ouvindo coisas do tipo: a vida é difícil, tem que matar um leão por dia, a vida é sofrimento, sem dor não há crescimento, tudo vem com sacrificio, sem esforço não se consegue nada.
Estes conceitos são internalizados e viram crenças. As crenças tem um estranho poder sobre nós. Elas nos fazem prestar atenção em tudo que as confirmam. Quando acreditamos em algo, nossa mente busca fatos, razoes, motivos, experiências (nossas e de outras pessoas que presenciamos) que comprovam exatamente a crença. Isso ocorre porque a mente encontra e presta atenção àquilo a que damos importância.
É a mesma coisa que ocorre quando estamos buscando um determinado tipo de curso (ou uma informação). De repente, passamos a ver anúncios nos jornais, revistas, e nas ruas os anúncios dos cursos que desejamos. Ouvimos também outras pessoas comentarem sobre o assunto. Não é que o assunto começou a pular sobre nós. É que a nossa mente, quando foca em algo, de forma seletiva começa a prestar a atenção naquilo, e toda vez que este algo estiver presente, vai nos chamar atenção, como estivesse pintado de rosa choque.
As conversas, os anúncios, nada mudou. Você é que passou a prestar atenção de forma seletiva. Propagandas e conversas que antes passavam completamente despercebidas, agora, milagrosamente chamam a sua atenção.
Existe uma parte do nosso cérebro chamada de formação reticular e que é responsável pela atenção seletiva. Quando achamos que algo é importante, essa parte do cérebro fica “ligada” e chama a nossa atenção toda vez que este algo importante passa pelos nossos olhos ou ouvidos.
Assim, parece que as coisas estão milagrosamente aparecendo na nossa frente. Mas na verdade, estamos apenas prestando atenção de forma seletiva. Também acredito que existem os fenômenos da sincronicidade, e que, quando focamos em algo, estas coisas tendem a cruzar ou aparecer no nosso caminho (lei da atração).
Mas por hora, vamos apenas falar da formação reticular, que é o nosso “radar”.
Desenvolvendo a crença de que a vida é difícil, você irá prestar atenção em tudo que confirma que a vida é difícil..
O seu radar vai apontar pra você: eventos que ocorrem na sua vida, fracassos, perdas, eventos que ocorrem com outras pessoas, noticias na televisão... cada vez que você vir algo assim, vai ter algo dentro de você dizendo “é claro, a vida é difícil, tá vendo que a vida é difícil? Eu sempre disse que a vida é difícil... tá pensando que é fácil? Eu sabia que tinha que ser dificil”.
Cria-se então uma tensão.
Antes mesmo de fazer qualquer coisa, inconscientemente, você já está sentindo e pensando que vai ser difícil. Pior ainda, de maneira também inconsciente, você vai produzir ações que vão dificultar sua vida, para comprovar a sua crença.
Quando houver um caminho mais fácil, a tendência é que sua mente o despreze e não lhe dê atenção (o seu radar não está treinado pra ver as coisas fáceis), pois você acredita que tudo tem que ser difícil. Se apareceu um caminho fácil, tem algo errado, não pode ser simples assim... tem que ser difícil....
E assim seguimos complicando a vida muito mais do que deveria ser. Dificuldades existem, mas boa parte delas somos nós que buscamos, criamos, fazemos acontecer.
Devemos estar preparados para as dificuldades. Mas devemos também estar preparados para as facilidades. Quando algo vier fácil, enxergue, aceite, acolha, usufrua.
A nossa crença deveria ser de que as coisas são boas, fáceis e abundantes. Este deveria ser o estado natural. Se não é assim, é devido a negatividade que existe dentro de nós e no mundo.
E se você começa a inverter a crença, e afirma constantemente que tudo vem fácil, seu cérebro vai começar a prestar atenção nas oportunidades mais fáceis. Sua vida ficará mais leve.

André Lima

sábado, 14 de agosto de 2010

Preciosidades do bau

Convido você a se deleitar com os achados geniais deste baú acessando este site abaixo:

http://www.youtube.com/watch#!v=x890ach1DP4&feature

Um abraço

Lúcia M.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Distração

Outro dia estava no supermercado aguardando minha vez de pagar no Caixa e fiquei observando todos os títulos de revistas e de doces e balinhas e chocolatinhos que haviam ao meu redor, na corredor onde me encontrava.
Fiquei surpresa ao perceber quantos estímulos são apresentados o tempo todo ao nosso redor, induzindo a consumirmos muito mais do que o necessário para termos conforto, saúde e felicidade.
Fiquei impressionada ao constatar que esta profusão de estímulos não só nos induzem a consumir muito mais do que o planejado, como também cumprem com a função de distrair nossa atenção.
Nos envolvemos neste clima de indução a criarmos mais necessidades do que o que já possuímos e somos levados a consumir sem perceber o caráter subliminar de desvio da nossa atenção.
Quando estamos comprando, ficamos envoltos em um clima de entusiasmo, de excitação e nem nos damos conta do tamanho do gasto ou da dívida que assumimos e assim, na maioria das vezes, nos distanciamos completamente das nossas propostas de manter a disciplina para seguir um roteiro que reflita realmente aquele planejamento econômico-financeiro previamente mentalizado por nós.
Descubra você também o quanto o sistema nos estimula a nos distrairmos. Basta prestarmos atenção à variedade de entretenimento ao nosso dispor, desde os mais corriqueiros, como programas de TV e joguinhos na Internet.
O objetivo maior é nos desviar de nosso foco, de nossas metas primordiais, de tudo aquilo que poderíamos chamar de “relevante” em termos pessoais.
Quanto mais me distraio, menos “penso na vida” e menos me sinto impulsionado a tomar atitudes, a avaliar fatos, preconceitos, crenças, complexos, culpas, etc...que ficam guardadinhos sob o simpático apelo da diversão.
Em épocas de guerra é quando mais se enriquece o comércio de entretenimento, justamente para que os soldados, principalmente, e a população em geral, passe muitas horas deixando a “sua criança-interior” entregue à leveza e enquanto dá uma trégua à alma sofrida e angustiada.
Não estou querendo dizer que se divertir é algo condenável, nem pense nisto!
Divertir-se é um sagrado dever de toda e qualquer pessoas, porque sem o riso, a leveza, o sonho, a criatividade e a alegria, a vida se torna muito pesada, enfadonha e carrancuda.
O que quero ressaltar aqui é a cilada que o sistema nos aplica para nos distrairmos de nós mesmos, enquanto utiliza suas estratégias muito bem alicerçadas para desviar nossa atenção de nossas capacidades de mudança, de alterar a realidade dentro de nós mesmos e ao nosso redor. Aliás, quem jamais se desvia de seus objetivos e metas é bem ele, o sistema...
Há um samba do Chico Buarque de Holanda chamado “Vai passar”, que com muito humor, com muita cadência e com muita poesia descreve exatamente tudo que aqui estou tentando compartilhar com você.
Preste atenção à letra desta música genial, que tão bem estampa o que aqui vai.
(http://www.youtube.com/watch?v=9A_JrsJF6mM&feature)

Lúcia M.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O amor e o Tempo

Lembra-se daquele tempo
em que acreditávamos que
estaríamos para sempre apaixonados?
O tempo passou, o amor murchou
como uma rosa sem água...

O tempo guardou e conservou
tantas emoções, tantos beijos molhados...
Noites de amor em clima de festa,
dias de tarefas compartilhadas.

Segredos e confissões declaradas
tudo isto o tempo levou
e em seu baú conservou.
E como o remédio mais acertado
apenas as imagens deixou,
levando as emoções com o vento.
E numa parceria silenciosa
vento e tempo nos libertaram
para viver um novo amor.

Lúcia M.

Matemática em nova fórmula

Quero aqui compartilhar com você o que tenho aprendido a respeito de uma diferente e inusitada fórmula matemática.
Derivada do ato de doar, nesta fórmula a subtração se transforma em soma e a divisão se transforma em multiplicação.
É uma das Leis da Vida: quanto mais se “guarda”, mais se aprisiona a energia, que reprimida, vai se movimentando e se manifestando por onde é possível no corpo físico, se transmutando em dores, em sofrimento, em solidão... Como uma bomba potente retida em um pequeno compartimento, “de repente” explode de tanta energia concentrada guardada, não utilizada proveitosamente, desperdiçada enfim.
O mesquinho, escravo de sua própria insegurança, se esquece de que pode ter o divino direito a tudo o que desejar na vida apenas por força de suas atitudes e pensamentos e por desconhecimento disto fecha suas mãos e apenas acumula - movido pelo medo da falta.
Acumula, acumula, acumula, não trazendo o movimento, que gera a vida, limitando suas próprias oportunidades de expansão.
Por mais gordos que possamos ser, nosso próprio umbigo ainda assim sempre será pequeno para conter todas as ricas possibilidades que a vida nos oferece e que aguarda pacientemente a oportunidade de nos proporcionar.
Como água parada - sem oxigênio - o produto deste acúmulo vai se transformando e vai se tornando rançoso, criando um ambiente fértil para o surgimento de todo tipo de impurezas, de larvas, travando de maneira contundente o escoamento das nossas energias ...
Somos ricos e nem nos damos conta do quanto!...
Temos milhões de virtudes e de qualidades, mas, por influência dos “usos e costumes”, insistimos em enxergar em nós somente aquilo que incomoda e a alimentar o medo da carência.
Não se iluda, a atitude de doar reflete desapego e atrai a abundância.
Quando a gente se coloca em disponibilidade para doar, seja o que for, seja a quem for, reflete-se no ar uma ação de humanismo e nos leva - por aquele instante, por aquelas horas ou por meses ou anos - a trazer para junto de nós um pouco do mais profundo daquele ser que recebe nossa doação.
Quando assim o fazemos - com o coração - ampliamos nossa sensibilidade em relação ao que existe fora do nosso universo pessoal e assim vamos conseguindo transpor as fronteiras entre nós próprios e o outro, despertando para similaridades acima do aparente, algo sagrado, subliminar, mas, real e poderoso, gerando a troca que enriquece.
O ato de doar - quando envolve o coração - é expansivo, é multiplicador e é o melhor remédio contra a solidão e contra a depressão, alem de ser uma manifestação da nossa faceta divina.
Uma conexão é criada entre doador e receptor, que vai se intensificando ao longo deste exercício, ligando-os por laços invisíveis e fortes. Estes laços se solidificam através de uma força magnética, formando uma “grade” ao redor de cada um dos envolvidos e num efeito de reflexo multiplicador vai envolvendo a Terra toda enquanto nosso planeta; algo ainda não mensurável pela Ciência.
Recomendo a você, com quem compartilho minhas trilhas e minhas elocubrações, que fique atento às mensagens que a Vida constantemente nos envia.
O vento, este corriqueiro e discreto sopro sagrado, com a ajuda dos passarinhos, numa manifestação divina de doação, esparrama as sementes, limpa a atmosfera, remexe a terra e agita os mares para que a vida se manifeste e se multiplique infinitas vezes ao nosso redor, trazendo novas energias através deste movimento natural.

Lúcia M.