Batidas na porta da frente, é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas, fico sem jeito, calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei...
Um dia azul de verão, sinto o vento
Há folhas no meu coração, é o tempo
Recordo o amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois, não sabe “ficar” e eu também não sei...
E gira em volta de mim, sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos.
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor para tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer
No fundo ele é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer...
Lúcia M.
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