segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Uma história de Amor

Aconteceu, vou te contar...
Foi ele chegando
discretamente, delicado,
para minha vida mudar.

Em tom firme foi dizendo:
“Abra as janelas,
deixa o Sol entrar,
avise a todo mundo
que cheguei para ficar! ...”

Tirando do bolso um papel
em letras grandes escrito
enquanto me dava um anel
leu, selando amor infinito

“Juntei todos os pedaços
das histórias que vivi
e de todas retirei
o melhor que aprendi.

Hoje dedico a você
minha idade, meu desejo
de conquistas e devaneios
nosso futuro antevejo

então quero misturá-los
aos seus quereres e anseios
a quatro mãos nova história
nós dois juntos escreveremos “.

Lúcia M.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Silencia

Silencia, meu Ego, silencia
põe de molho este orgulho,
enxuga o caldo da vaidade,
limpa-me das crenças que escondem a verdade.
Silencia, meu Ego, silencia.

Silencia, meu Ego, silencia.
Quero viver sem me enredar em você
sem perder-me no orgulho, sem pena.
Silencia, meu Ego, silencia

Silencia, meu Ego, silencia
cessa este som que vem de fora.
Quero apenas cantar
a minha própria melodia
e simplesmente escutar
a voz do meu próprio pulsar.

Silencia, meu Ego, silencia.
Vê se te acalma, vê se dorme.
Deixa meu ser se mostrar
sem ruídos, sem disfarces.
Silencia, meu Ego, silencia.

Lúcia M.

Quinta dimensão

Como habitantes do planeta Terra fazemos parte de um todo em que se inclui o Universo, o Cosmo, com todos os seus encantos, todos os seus planetas, todas suas galáxias, todas suas estrelas e cometas, com todo seu movimento harmônico e toda sua melodia.
Somos diariamente vulneráveis à influência do Sol, que emite descargas de energia eletromagnética, de raios gama e de raios ultravioleta, nos auxiliando e nos motivando, com estas descargas, a perceber o tempo todo diferentes facetas da vida e de nós mesmos e a conquistar novas maneiras de manifestar nossas necessidades, nossos desejos, nossos dons, nossas emoções e novas capacidades.
A influência da Lua é imperativa no movimento das marés e como nosso organismo é formado de 80% de água, assim como o mar, também somos fortemente influenciados pela Lua no quesito intensidade dos sentires, humores, entre outras influências.
Quando ainda não existiam os recursos de imagens que retratam o desenvolvimento do bebê no útero materno, era através das fases da Lua que era previsto o momento do nascimento, num total de 9 vezes a mesma fase lunar.
A Terra está passando por um processo de mudança da terceira para a quinta dimensão, acompanhando o mesmo movimento do Universo como um todo.
Esta passagem tem se caracterizado por um despertar geral para assuntos relacionados a realidades além do que nossa visão de terceira dimensão nos apresenta e para uma busca por um maior desenvolvimento espiritual.
Um fator geomagnético, a mudança de posição do eixo magnético da Terra, tem contribuído fortemente sobre este processo de desvendar a própria consciência em busca de um aprimoramento enquanto ser humano.
Nosso DNA tem sofrido mudanças, nos preparando para uma outra fase de vivência humana.
Nossos bebês já apresentam o novo DNA, prontinhos para viver em outra dimensão, em outra fase evolutiva, as chamadas “crianças cristal”.
Lembra-se de quantos casos de “crianças-fenômeno” ao redor do mundo temos testemunhado através da mídia?
Crenças até então intocáveis tem caído por terra, instituições até então consideradas sérias e confiáveis tem deixado à mostra uma faceta negra e desafiadora gerando uma atitude de desconforto, de descrença e de insegurança.
Esta é uma fase histórica em que tudo passa a existir com cores muito fortes e definidas, acentuando os contrastes entre o que é real e o que é ilusão.
A própria História da Humanidade tem nos “empurrado” para a realização do salto evolutivo sob o aspecto físico, emocional, mental e espiritual.
Hoje, ainda imersos na terceira dimensão e envoltos sob véu de crenças limitantes que confundem nossa visão e que nos levam a nos sentirmos pressionados entre a culpa e a humilhação, gerando um mar de violência ao nosso redor e em nosso interior, que nos leva a um sentimento de insatisfação, podemos perceber claramente que esta fase da História está se esgotando por si mesma, nos levando a procurar respostas para nossas questões existenciais na Ciência, no espiritualismo e dentro de nós mesmos.
O que antes era chamado de “ocultismo” e que representava um assunto secreto restrito somente a alguns poucos eleitos, especialmente os membros da Igreja hoje, graças à ajuda da Internet, é acessível a todos que quiserem adentrar o universo espiritualista, científico e esotérico simplesmente a partir de um computador, sem precisar sair do conforto de sua intimidade diária .
As descobertas científicas e as inovações tecnológicas – realizadas pelo homem – trazem o progresso exatamente no momento em que este é bem vindo e necessário, da tal maneira, que sentimos como muito natural aquela descoberta e sua presença definitiva em nosso cotidiano. Tudo acontece dentro de uma sincronicidade maior que envolve todos os níveis da existência.
Dentro deste processo por que passa a Terra, logo mais passaremos a existir na quinta dimensão, sem necessariamente termos “morrido” ou termos nos desprendido do corpo físico.
Na quinta dimensão tudo aquilo que sentimos e que pensamos é completamente visível e transparente.
Nessa dimensão podemos manifestar toda nossa capacidade de criação e de ser luz, que hoje se encontram muito limitadas, imersos que estamos nos limites de percepção em terceira dimensão.
Na próxima etapa de nosso desenvolvimento como humanos, conquistaremos a confiança definitiva na capacidade de criação e de expansão que todos nós temos e que se encontram escondidas sob a sombria limitação imposta e que adotamos como “verdade” ao longo dos séculos.
Não mais “céu e inferno”, não mais “ofensas e ofendido”, não mais diferenças sociais, não mais rótulos separadores, não mais julgamento divino – apenas o que é – sem amarras, livremente.
Na nossa próxima jornada humana não mais haverá espaço para o sofrimento, não mais existirá sentimentos de culpa e de medo, seremos libertos para que possamos existir em nossa plenitude, sem enganações e chantagens do sistema ou de quem quer que seja, sem barganhas, para que possamos brilhar tanto quanto as estrelas que contemplamos no Cosmo..
Será uma época histórica em que a consciência de cada um será seu supremo juiz.
Neste tempo, muito próximo, limitação de qualquer espécie, segregação, separação, tudo isto será parte do Passado.
Como uma flor acompanhando todas as mudanças do Universo, um novo ser brotará da Terra, expandindo sua luminescência e criando sua nova história.

Lúcia M.

Notícias poéticas

Tenho uma cunhada que mora em Ribeirão Preto, que é dentista e poetisa.

Ela descreveu muito bem tudo aquilo que tenho sentido e percebido em relação à Natureza a esta época do ano, com as cidades enfeitadas com as árvores maravilhosas exibindo um festival de flores com suas cores, formatos e perfumes e quero aqui compartilhar com você, até porque gosto bastante do seu jeito de se expressar através da palavra.

Aqui vai, mas, se quiser conferir outras criações dela, é só vir visitá-la em seu BLOG: http://elianeratier.blogspot.com/

Notícias poéticas- outubro de 2010

Minha cidade é um jardim comunitário, um pomar público.
Há mangueiras pejadas de frutos que amadurecem róseos.
Invejo os que passam à pé, e desejo que os alcancem por mim, que tenho andado cotidianamente motorizada.
Pitangas, amoras e jabuticabas escondidas nos quintas, espalham seus frutos por sobre os muros, através das grades, nas calçadas, nas guias rebaixadas, como pistas, atiçando nosso desejo de as buscar.
Requintadas e misteriosas romãs ocultam suas sementes sensualmente meladas, por entre as folhagens de antigos jardins.
Numa rua são Manacás que perfumam sorrateiros o ar, noutra atordoantes Damas da Noite embriagam os passantes.
Flamboyans insinuam seus borrões de vermelho sangue, vida por entre o verde novo.
A escandalosa Sapucaia tinge com flores rosa o chão da praça, e os Jacarandás, discretos, providenciam um fino tapete lilás sob si.
Reinam absolutos os amarelos das Sibipirunas enlouquecendo os varredores das ruas, pintando de alegria o caminho do trabalho, lembrando que a vida continua, forte, linda e indomável apesar do nosso descaso e de nossa sede por poder e controle.
Penso naqueles que plantaram as sementes sem ver as flores nem os frutos, apenas cumprindo sua função de plantar, e em nós, que usufruímos deste presente sem deles nos lembrar.
Ofereço-lhes uma prece de gratidão.
Beleza é alimento tão essencial quanto o pão.
Aproveitem este outubro florido, saiam à passeio, alimentem-se de beleza.

Quebrando a tradição, deixo para vocês um trecho de poema antigo, do livro Estréia Poética, que foi inspirado nas Sibipirunas floridas da avenida 9 de julho, aqui de Ribeirão Preto, onde eventualmente faço minhas caminhadas sobre o lodo amarelo das flores pisadas.

Aniversário de casamento- trecho

Meu amor é tão grande
Que não cabe no peito
Desmonta os montes
Floresce no arvoredo
Escapa pelas frestas
Consome
E nada resta.


Eliane Ratier

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A raiva nossa de cada dia

Estive pensando a respeito da raiva, este sentimento tão real, tão humano e tão comum em nossas vidas e quero aqui compartilhar com você minhas elocubrações a respeito.
A raiva é uma reação natural que manifestamos quando alguém ou algum fato nos decepciona e nos pega de surpresa, nos irritando acima do suportável. Nosso emocional dispara na mesma freqüência de energia e aquele sentimento negativo em segundos se multiplica e se dissemina como uma chama de fogo ardente, que como num passe de mágica vai queimando tudo ao redor.
A gente berra, vocifera, agride, chuta, quebra, numa reação espontânea e completamente impensada.
E na seqüência, ai, que vexame!... A gente fica sem saber o que fazer sempre que o agredido, completamente contaminado com nossa fúria raivosa também tenha se inflamado acendendo ainda mais aquela chama ardente de descontrole emocional.
Se o agredido foi um objeto, tanto pior, nos resta catar os cacos do que destruímos e na pá de lixo deixar que nossas lágrimas lavem as partes quebradas a boiar...
Então, vive experiências daqui, vive ataques raivosos dali, escuta relatos de um e de outro e lá vamos nós tentar aparar as arestas e buscar uma maneira de se relacionar com o sentimento de decepção e de indignação sem se deixar envolver com uma descarga emocional negativa.
A manifestação completamente irracional de extravasar violentamente a raiva e todas as conseqüências advindas disto, a começar de um sentimento de decepção diante de nós mesmos e de vergonha diante do próximo (que testemunhou toda a cena sem entender nada e provavelmente apavorado), alimenta uma insatisfação pessoal tão grande em que nos sentimos diminuídos diante de nossos valores mais autênticos, motivando um circulo vicioso em que ou nos tornamos agressivos e passamos a ser identificados como tal ou nos recolhemos e emudecemos de vergonha reagindo agressivamente sempre que nos sentimos ameaçados.
Então, você que aqui está a ler o que vai pela minha cabeça e pela minha alma, quero lhe contar que a vida me ensinou a rota para modificar este tortuoso e torturante caminho nada estimulante que me levava a mergulhar na raiva como se fosse um cego náufrago num mar bravo e imprevisível.
Descobri tudo isto certa vez, quando criei umas pedrinhas nos rins de tanta raiva que senti. Pior do que dor de parto, foi quase um parto conseguir expulsar as pedras que havia criado irracionalmente.
Foi então, que me propus a buscar uma solução para o sentimento da raiva que de vez em quando aflorava com plena força de dentro de mim – algumas vezes reprimida e outras completamente exteriorizada. Afinal, não era mais possível conviver com tamanho estrago, que tantas conseqüências funestas trazia para minha vida.
E aprendi que o grande lance não é sublimar a raiva ou tentar controlá-la, mas, não se deixar envolver por ela, pois, sem envolvimento, não há o que ser sublimado ou reprimido.
Afinal, raiva contida pode se transformar em inúmeras manifestações físicas, podendo inclusive provocar a perda da voz, uma disfunção na glândula tiróide, problemas no fígado, aceleração do ritmo cardíaco, entre outras manifestações físicas.
Este é o grande segredo para que a energia fortemente negativa da raiva não mais faça parte de nossa vida, sendo substituída pela compaixão e pelo abandono do ego – nosso pior inimigo - que só serve para nos dificultar a vida.
Nas escrituras sagradas, Jesus não quis dizer que é para oferecermos o outro lado da face diante de um ato de agressão, mas, que diante de uma agressão, o melhor a fazer é mostrar ao agressor que há outras maneiras de respondermos a um desconforto, de que há outras formas de expressão mais inteligentes do que simplesmente reagirmos na mesma intensidade da energia negativa...
Isto é o que significa “dar a outra face”.

Lúcia M.