sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Cilada

Quem é que milhões de vezes na vida não preparou verdadeiras ciladas para si próprio sem se dar conta desta realidade?
Parece que é uma especialidade nossa e quero compartilhar aqui com você minhas elocubrações a este respeito..
A gente resolve que não quer mais conviver diariamente com aquele ambiente de trabalho, que seria mais interessante ir atrás de outras oportunidades melhores e mais promissoras, mas, fica ali, cozinhando aquele prato rançoso e mal passado, se martirizando e se maltratando enfim, porque acredita que “lá fora” não haverá outra oportunidade para nossos talentos florescerem e se recolhe frente ao medo e à falta de confiança em si mesmo.
A gente percebe que está fazendo parte de um relacionamento que não nos agrada mais, que se transformou num sugadouro de energia, mas, permanece lá se maltratando e destilando o próprio veneno ao redor, transformando nossa vida numa tortura.
Assim criamos situações em que armamos verdadeiras ciladas, priorizando o personagem externo em detrimento do que é mais verdadeiro em nós mesmos.
Os sintomas físicos vão se manifestando, os humores vão se deformando, vamos nos distanciando de nosso projeto original, de como fomos dotados com grandes talentos para sermos transmissores e transformadores de energia.
Passamos então a sugar a energia do vizinho, do companheiro(a), aspiramos, sugamos, num processo sem fim, porque não mais produzimos energia suficiente nem mesmo para nos mantermos vivos.
A ansiedade vai tomando todos os espaços. A gente se enrosca diante de um milhão de compromissos que assume ao mesmo tempo, sem respeitar os próprios limites.
E o novelo começa a se enrolar!
Pensando a este respeito, tenho percebido que desde cedo somos forçados a fazer personagens que não nos sensibilizam, que não nos dizem respeito, que nos levam à direção oposta a um envolvimento prazeroso e amoroso com fatos e com pessoas. Este comportamento vai criando dentro de nós um muro que vai engrossando ao redor de nossa alma, tornando-se quase intransponível , impedindo a passagem do ar e da luz em nosso interior...
Assim vamos vivendo em um labirinto escuro e mal organizado, em que quando reconhecemos algum fragmento de nós mesmos, não encontramos sua parte complementar e nos perdemos na escuridão do desespero e da solidão, acreditando que só nos resta sermos “levados pela maré”.
Nos encantamos tanto com o som que vem de fora, que acabamos não conseguindo mais distinguir o som da nossa própria alma, sem nos darmos conta de que é lá dentro do nosso ser que são geradas nossas manifestações mais fortes e o nosso ânimo de viver...
Nos tornamos vítimas e algozes de nós mesmos, embora estejamos o tempo todo procurando lá fora o culpado por todo este desconforto.
E haja Prozac para nos motivar a viver!...
Na verdade, nosso orgulho é que nos impede de desviarmos o foco de nosso umbigo para o que se passa fora deste perímetro e para dentro de nós mesmos – sem cobrança, sem culpas, sem a tábua das Leis, mas, com humildade e com vontade de se melhorar apenas.
A humildade é a grande ferramenta que nos ajuda a enxergar nossa realidade tal como se apresenta.
Afinal, nem estamos aqui neste planeta e nesta vida para acertar, estamos aqui apenas para aprender e tentar a cada instante fazer melhor do que antes...
E a intuição, a “voz da alma”, é nossa melhor e infalível conselheira.
Os fios de uma cultura que há séculos nos enreda tem que começar a ser puxados, um a um, para que possamos definitivamente nos libertar deste peso que vem de fora e que abafa nossa disponibilidade para viver com alegria.
Felicidade não é apenas um momento passageiro em nossa existência, é um estado de espírito e não há como sermos felizes nos sentindo devedores, cheios de culpas e de acusações guardadas em nosso íntimo.
O caminho é longo e muitas vezes dolorido, porque envolve mudança de padrões e eliminação de muitos vícios de comportamento.
Passamos a compor uma melodia que como uma sinfonia nos aproxima mais de nós mesmos, do nosso próximo e inclusive da Natureza.
Nestes tempos de atenção aos assuntos ecológicos e da preocupação em despoluir a atmosfera do planeta, deveríamos dar mais atenção também a nossa ecologia interna com suas conexões, porque o momento é de limpar os ruídos que atormentam nosso ser e nos distanciam da nossa verdade interior.
Existe um programa humorístico na televisão (Canal Multishow) que se chama “Cilada”, do Bruno Mazzeo, em que ele apresenta situações que são verdadeiras ciladas.
Veja este e outros episódios aqui:



Lúcia M.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O Natal está aí...e lá se vai mais um ano.

Com a sensação de que o ano passou depressa demais, mais uma vez, cá estamos surpresos a constatar que o Natal bate em nossas portas e bolsos, e lá vamos nós, mais uma vez às compras de presentes, mesmo sabendo que a figura de "Papai Noel" tenha sido enraizada na nossa cultura apenas para estimular nosso imaginário de consumidores em potencial. Até um "salário extra de presente de Natal" foi institucionalizado só para incentivar a nossa disponibilidade para comprar!
Mas, na verdade, a tradição do "Papai Noel" surgiu na Turquia no século IV, onde o Bispo Nicolau, a esta época do ano, comemorava o nascimento de Jesus ofertando moedas para os pobres, seguindo o exemplo dos Reis: Gaspar, Baltazar e Belchior, que magos, ofertaram ao recém-nascido Jesus uma porção de ouro, como símbolo de Sabedoria, uma maço de mirra, uma planta aromática da Arábia, muito valiosa pela sua raridade e o incenso, para purificação do corpo, da alma e da mente.
Aprendemos a comemorar o nascimento de Jesus, o Avatar da Era de Peixes, no mês de Dezembro, mas, a partir de análises histórico-científicas foi constatado a inviabilidade da veracidade desta data, já que de acordo com as descrições das circunstâncias do nascimento de Jesus, devia ser a época da Primavera, portanto, mês de Março ou Abril e não, o inverno rigoroso e cheio de neve de Dezembro, naquela região da Palestina.
Pois, foi mesmo, no ano de 350 da Era de Cristo, que o Papa Julio I estabeleceu oficialmente que o nascimento de Jesus seria festejado em 25 de Dezembro, de maneira a coincidir com a comemoração pagã das "Saturnias", uma importante festa em culto à deusa "Mithra", com a clara intenção de atrair os pagãos, facilitando a sua interação com os símbolos e festas cristãos.
Mas, seja como for, é uma data em que nos sentimos estimulados a compartilhar nossos afetos e abraços fraternos com os mais próximos e mesmo com os mais distantes e com os desconhecidos, chegando-nos um pouco mais perto de seus corações. Uma atmosfera de amor, paz, alegria, luz, renovação, esperança e compaixão envolve nosso planetinha azul, tornando-o um pouco mais azul e luminoso.
Da mesma maneira como Jesus nasceu para o mundo, somos todos estimulados por esta onda de fraternidade e de confraternização a desejar realmente que como uma semente em crescimento, pulse em cada um de nós o desejo de tornar a própria vida mais leve, mais digna, mais valiosa e mais luminosa.
Junto com a proximidade do Natal, inicia-se a contagem em direção ao término deste ano e do início de 2010, com seus ares de novidade e de esperança de sonhos transformados em fatos concretos, em realizações.
E então, lembramo-nos das festividades de final de Ano, o rito de celebração do décimo segundo ciclo das fases da Lua, ciclos estes festejados desde a era pagã, sempre associados a algum fenômeno na Natureza.
Mas, foi em 46 a.C., que o imperador Júlio Cesar, de Roma, fixou o dia 1º. de Janeiro oficialmente como o "Dia de Ano Novo". Os romanos dedicavam este dia a "Jano", o "deus dos portões". E o mês de Janeiro recebeu este nome em homenagem a este deus, Jano, que possuía 2 faces, uma voltada para a frente e outra voltada para trás, simbolizando o início do novo e o término do "velho".
Aqui no Brasil, esta passagem recebe o nome francês de "réveillon", do verbo "réveiller", que significa "despertar", representando a oportunidade de enxergar a própria vida sob novos prismas e conceitos, um novo despertar.
As pessoas se vestem inteiramente de branco para atrair a paz e, se possível, vão para a praia homenagear Iemanjá (entidade divina de origem africana que mora no mar e que se encarrega de lavar toda a sujeira, fazendo brilhar o puro e limpo) levando-lhe flores e uma vela acesa, de presente.
A verdade é que estas datas comemoradas ao longo do mundo, em cada região de uma maneira peculiar, acima de qualquer crença ou finalidade mercantilista, representam uma situação em que os seres de todo este planeta se percebem como semelhantes, como irmãos em seus sentimentos e anseios, se confraternizando enquanto ajudam a Terra a se apaziguar um pouco.
Mas, lembre-se de que não adianta se vestir de branco, vestir uma peça íntima da cor amarela, pular 7 ondas do mar, esperando que algo de bom aconteça a você no próximo ano.
Você é quem deve determinar ao Universo o que deseja que lhe aconteça.
Para que o Universo responda, é preciso colocar em funcionamento 3 forças: o Pensamento, a Palavra e a Ação.
Por isso, esteja bem consciente daquilo que deseja, pronuncie isto alto e claro e ponha-se em ação, agradecendo a Deus como se já o tivesse alcançado e não se assuste se você receber o que desejou mais rápido do que havia imaginado.
A todos vocês, deixo aqui meu sincero desejo de harmonia, de paz e de abundância e o meu agradecimento pela sua leitura e compartilhamento com os meus devaneios aqui registrados, esperando que possamos também no próximo Ano nos encontrarmos muitas vezes neste espaço de pensares e sentires.
Nosso querido Carlos Drummond de Andrade, que enxergava poesia até nas coisas mais triviais do cotidiano, assim "poetizou" a respeito do Ano Novo:

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir a ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar que
por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Lúcia M.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Imagem


Guardadas por tanto tempo
nos porões dos sentimentos...
tantas lágrimas contidas
embaçam o meu olhar
embaraçam meu andar,
me corroem a todo momento.

As lágrimas de contentamento,
de emoção boa, que rega a terra,
escondo-as na expressão
que não se altera.

Tantos sentires confusos, solitários...
Quero gritar e me calo
Quero chorar e me seco
Quero a você abraçar
E não o faço, me guardo

No peito ofegante
me falta o ar...
Como se a cada momento
morresse um pouquinho
Como se a vida tivesse
se esvaindo, se indo,
silenciosamente se despedindo.

Nesta imagem de mim mesmo
plácido, impermeável
não me encontro,
não me acho,
neste olhar impenetrável.

Engano-me, engano o mundo
nesta imagem, que refletida
mostra um ser que não existe.
Confuso me perco, me vejo
no cenário desta vida
numa história invertida...

A alma chora, o peito dói.
Minha verdade onde está?
Onde se encontra o começo?
Tanto tempo em mim mesmo
e nem ao menos me conheço?

Lúcia M.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E agora, José?



“A Física Moderna, a Física Quântica, passou a ser desenvolvida a partir de 1900 e surpreendeu os cientistas daquela época porque fornecia uma descrição do mundo que era muito diferente da que se conhecia até então.
Criada séculos antes, a Física Clássica já trabalhava com o conceito de causa e efeito e permitia conhecer com preciosidade os movimentos dos objetos, suas posições e velocidades. Além disso, ela se sustentava na idéia de que é possível medir um fenômeno objetivamente, sem que nossa observação o altere.
Na realidade quântica nada disso acontece. Nela, não é possível saber a posição de um átomo com precisão, mas apenas a possibilidade de que ele esteja numa certa região. Para complicar ainda mais, a nossa observação altera os objetos que estamos tentando medir, e não dá para saber como ele era antes de ser observado – nem se existia antes da observação. E certos fenômenos acontecem simultaneamente, jogando para escanteio a noção de causa e efeito.
Sem causa e efeito, sem objetividade, cheio de acaso e de indeterminação, esse é o labirinto quântico em que vivem os átomos e seus constituintes.” (Revista Galileu. Ed. Globo. In: “O Segredo por trás de “O Segredo” : No.192-Jul. 2007 -pg.36–41)
Parafraseando Drummond, a pergunta que não quer calar é :“E agora, José?”...
E agora, José? E agora, que nossas crenças incrustadas em nós como uma segunda pele tem se revelado infundadas, tem se parecido como histórias inventadas criadas pelo imaginário humano?
E agora, José? E agora, já que as Instituições tem naufragado num mar de mentiras que tem sido desvendadas uma a uma...
E agora, José? E agora, já que jovens manipulados pela argúcia do jogo do poder colocam suas vidas a serviço de um jogo político, como peças num tabuleiro, explodindo como bombas ao vento?
E agora, José? Já que apenas jovens que tem saúde continuam sendo levados para o campo de batalha em nome da causa política travestida de patriotismo?
E agora, José? Já que jovens recém saídas da infância sacrificam sua saúde, sua alegria e entusiasmo naturais de viver, num esforço desumano em busca do saco de dinheiro com que o mundo da Moda as seduz, escravizadas pelo padrão da feiúra desnutrida e sem vida, para que se transformem em esquálidos cabides humanos apenas?
E agora, José? A festa está acabando, está chegando ao fim... E agora?
Qual será a mensagem escondida por trás do que chamamos de “ segredo”, se tudo o que era reconhecido por todos como verdade, como referência, como padrão, perdeu seu significado, seu valor, não se aplica mais a esta realidade?
O “ segredo” é que não há mais segredo sobre nada.
A verdade se tornou acessível a todos.
Longe ficou na História o tempo em que as Bibliotecas eram valorizadas como um ambiente freqüentado apenas por uma minoria das elites.
A expansão da mídia e a Internet vieram para ajudar a escancarar o que se quiser para quem quiser ...não há mais segredos e nem mistérios.
Esta é a “ Era da Revelação” , da abertura dos segredos, do acesso ao conhecimento, da retirada do véu da ilusão.
O que era considerado verdade absoluta vem se esfarelando, como a ferrugem do metal que um dia foi firme e resistente.
Por tanto tempo as verdades foram sustentadas e alimentadas como absolutas, arrogantemente propagadas como a única direção a ser seguida, que de tão inflexíveis, foram se enferrujando, se esfarelando a nossos olhos.
A hora agora é de reconhecer a si próprio como a grande dádiva da vida, como o grande ser que se encontra acima da escravidão religiosa, acima das humilhações e das presunções provocadas pelo jogos de poder e da busca pela sua conquista.
A hora agora é de reconhecermos cada um de nós como partes da abundância que é a vida, especialmente, quando nos dedicamos a amar, já que o Amor é multiplicador e é a nossa maior fonte de alegria.
Sem dúvida, é o Amor o maior incentivo que nos leva a enxergar o Mundo que existe para além do nosso umbigo, para exercitarmos a nossa capacidade de escutar, de acolher e de compreender o outro.
Agora, José, é a hora em que a única verdade, que se chama Amor será o nosso guia neste momento, no emaranhado de fios frouxos quase não mais entrelaçados, como uma luz a nos guiar seguros por este novos caminhos que se descortinam livres dos referenciais conhecidos até então...
Agora, José, quando você assistir ao filme “ 2012” , ignore o caráter alarmante em clima de “ fim de mundo” que esta produção deseja imprimir em você e em todos...pois, o fim que se revela não é do Mundo, não é de você, de seus filhos, amigos, colegas, cônjuges, pais e parentes. É sim, a hora do fim, mas do fim de um sistema de vida baseado em falsas premissas, uma verdadeira usina de produção de frustrações, de desilusões, de desamores, de profundos conflitos subjetivos, de sentimentos depressivos e depreciativos em relação a si mesmo...
E agora, José? Esteja alerta. Abra-se para as revelações que estão ocorrendo diariamente trazendo a verdade que se encontrava escondida.
A “ Era de Aquário” já se iniciou. Inúmeras “ crianças índigo“ e “ cristal” tem demonstrado que aqui estão para nos ajudar nesta nova etapa da nossa História em que a criatividade, a abundância e o Amor serão a tônica e não mais a escassez, a competitividade, o conflito, os jogos de poder e a conquista de valores externos simplesmente.
O segredo é este: não existe mais nada secreto.
Nesta dimensão em que estamos entrando, na quinta dimensão, tudo se enxerga sem disfarces, tudo se apresenta exatamente como é, sem segredos.

Lúcia M.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Magnetismo

(da Série Relatos da América - Palm Harbor, Ago. 2004)

Aqui nesta região onde moramos existem muitos golfinhos, eles são umas graças, andam em bandos ou no mínimo em pares e adoram ficar em lugares onde há bastante gente.
Outro dia estávamos lá no mar e de repente, bem pertinho de onde estávamos, apareceu um casal, brincando, entrando e saindo da água.
Na verdade, como não temos muita prática de convivência com eles, logo que vimos aquelas barbatanas entrando e saindo da água, levamos um susto, achamos que eram tubarões, que aqui por esta região também são comuns.
Mas, aprendemos que a barbatana do tubarão é mais pontudinha do que a do golfinho. Antes de sermos devorados, saberemos identificar a tempo quando for tubarão e quando for golfinho!...
Aqui nesta região é também comum a existência daquele mamífero aquático, enorme e estranho, que aí no Brasil a gente só encontra no Amazonas, o peixe-boi. Aqui pertinho há até um condado chamado "Manatee" , que é o nome do peixe-boi aqui, de tão comum a sua presença.
Pensando na esperteza muito característica dos golfinhos, começamos a procurar por informações a respeito e nos deparamos com as notícias de que baleias e pinguins, característicos de regiões frias, tem aparecido encalhados nas praias e das tentativas que tem sido realizadas para salvar os bichinhos e bichões, muito comum no litoral brasileiro e australiano.
Procuramos nos jornais por alguma explicação para esclarecer este fato, mas, o máximo que conseguimos foi uma declaração de um biólogo dizendo (sic) "que os pinguins devem ter sido levados pela corrente marítima e se perdido e as baleias teriam se cansado da viagem e encalhado na areia"...
Lá fomos nós na Internet procurar por alguma explicação convincente para estes fenômenos e quero aqui dividir com vocês o que descobrimos porque é muito intrigante e interessante.
Os bichos, as aves, os peixes, costumam se movimentar, se guiando pela freqüência magnética da Terra, como por exemplo, quando migram de um lugar ao outro.
As aves daqui, no Outono, vêm do Norte em direção ao Sul, fugindo do frio, chegando aqui na Flórida orientadas pela freqüência magnética, que sinaliza que por estes lados é bem mais quente.
O que determina as diferentes estações do ano é a inclinação do eixo magnético da Terra. As bússolas nos mostram o Norte/Sul/Leste/Oeste magnético e não o geográfico.
Este campo magnético possui uma ressonância mais ou menos constante, uma pulsação, como se fosse um marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera. Todos os seres que habitam este planeta são dotados da mesma freqüência magnética da Terra: 7,83 Hertz.
A frequência magnética da Terra tem aumentado e o eixo do planeta, que tinha uma inclinação de 27 graus, está se verticalizando. Daí, o derretimento de geleiras do Ártico e do Chile e aumento da incidência da luz do Sol, devido à mudança do eixo que está acontecendo lenta e constantemente. .
Conseqüentemente, as aves, os peixes e os animais perdem o seu rumo e aparecem em regiões e locais completamente inesperados, sem conseguir administrar sua noção de direção.
Estes fenômenos acontecem a cada 25 mil anos, fazendo com que áreas desapareçam sob as águas e outras apareçam, criando uma nova Geografia para a Terra.
O incrível disto tudo é que não há nada que se possa fazer a mais do que tentar salvar os bichinhos e as aves, da melhor maneira possivel.
Outro dia o jornal contou que pelicanos da Califórnia, que normalmente migram para a Flórida, estavam parando no Arizona e no Texas e confundindo o brilho do asfalto contra o sol com lagos, ao tentar mergulhar, espatifavam-se no asfalto.
Como eu já havia lhes contado, os pelicanos ficam sobrevoando o mar e lá de cima, enxergando os peixes que querem comer, acertam a direção, e vêm num lance só, mergulhando de cabeça em ângulo reto no local e saindo felizes, com o seu manjar no papo.
O fato é que nós sempre nos perguntamos como é que alguns bichos, passarinhos, espécies da Natureza possam ter essa precisa orientação magnética. Com exceção do cachorro e do golfinho, não se tem notícia de mais algum bicho com inteligência, isto é, a sua noção de freqüência magnética é que é muito presente e muito intensa, funcionando como uma espécie de “consciência”.
É interessante, que nós humanos, mesmo dotados de inteligência, instintivamente nos guiamos também pela freqüência magnética, mesmo sem o saber...
Quando nos simpatizamos com alguém ou quando dizemos que certa pessoa é muito carismática, que tem um magnetismo especial, é porque sem o saber, estamos na mesma frequência magnética, algo imensurável nos atrai a esta pessoa.
No âmbito dos seres humanos também podemos observar a ocorrência de uma falta de senso de direção interna, não externa, como consequência destes fenômenos geofísicos.
Este fenômeno não está ocorrendo apenas no nosso planetinha azul, mas, em todo o Universo.
Acesse o site abaixo através do link, para ler a matéria muito bem escrita e muito explicativa sobre este fenômeno, com excelentes ilustrações :
http://www.cubbrasil.net/index.php?option=com_content&task=view&id=3299&Itemid=87

Lúcia M.

domingo, 4 de outubro de 2009

Outra Dica muito interessante

O jornal "Estado de Minas", na sua edição do dia 11 de maio de 1998, trouxe uma matéria sob o título : “Chapéu de Napoleão” é um cardiotônico “ informando que o pesquisador francês, professor Henri Dadoun estava obtendo um medicamento cardiotônico a partir da semente de Chapéu-de-Napoleão, cuja composição química é semelhante à da Digitalis Lanata, planta européia conhecida por fornecer os medicamentos à base de digoxina e de lanatosídeo C. Segundo o professor "apresenta a vantagem de conter teores de composição ativos dez vezes maiores do que os encontrados na Digitalis e de apresentar menor toxidade".
Em 31 de julho de 1993, a revista “Manchete” publicou uma reportagem sob o título "As sementes milagrosas do Dr. Smith", onde o médico e professor da USP , Dr. Henrique Smith, autor do livro "Aguaí Zen" surpreendeu a todos ao anunciar a descoberta de uma semente que, segundo ele, poderá "despontar como uma das grandes panacéias deste final de século". A semente emite uma vibração contínua, que tem a virtude de "fechar o corpo" do seu portador, servindo de couraça contra doenças e devolvendo ao homem o equilíbrio psíquico e o bem-estar físico.
"Não é magia e nem simpatia", diz o médico, amante da macrobiótica e terapeuta natural.
Usar uma pequena semente em contato com o corpo evita problemas de reumatismo e acaba com a dor de coluna.
De uso externo, é utilizada em contato com o corpo.
Entretanto, em doses elevadas apresenta efeito altamente tóxico.
Pesquisando a emissão da energia das sementes através de um aurímetro (aparelho detector de aura) descobriu que se classificavam em: femininas e masculinas.
Dr. Smith, adepto da macrobiótica e da filosofia oriental, garante que as sementes de Aguaí protegem as pessoas de doenças e de vibrações negativas e garante também que ajuda as pessoas a concretizar seus sonhos e antigos desejos de ascensão social, por exemplo.
No Norte do Brasil é muito utilizada, recebendo o nome popular de “semente elétrica”.
Trata-se de um arbusto alto ou uma árvore pequena, com até 10m, conhecida popularmente como Chapéu-de-Napoleão. Pertence à família das Apocynáceas, catalogada cientificamente como Thevetia Peruviana Schum., Thevetia Neriifolia ou Thevetia Ahouai.
É também conhecida popularmente, como : Aguaí, Jorro-jorro, Patuá de Santo Inácio, Chapéu de Napoleão e semente elétrica.

Lúcia M.

sábado, 3 de outubro de 2009

Detalhes Urbanos

(da Série "Relatos da América"
Bronxville, Julho 2001)

Hoje vou lhes contar a respeito do que vemos por aqui a esta época do ano.
O verão aqui, como todas as estações, é intenso, rápido e incisivo; em geral, seco, até que chove por meio dia e fica úmido demais por uns dois dias, fazendo com que nos sintamos o tempo todo meio molhados por dentro e por fora. Já não há mais flores por todo o canto, como no auge da primavera, devido ao calor intenso. Porém, é a coisa mais linda, as florzinhas do mato que salpicam aqui e ali no meio do verde: florzinhas lilazes, azuis, rosa, rosa-choque, lavandas com cores entre o azul e o lilás, branquinhas, jasmins perfumados exalando o seu perfume à noite, sob o orvalho, “damas da noite”...continua uma paisagem e um perfume embriagantes. E o mais interessante é que estas florzinhas pipocam por entre as gramas, nascendo espontaneamente...Ainda assim, em muitos lugares, como aqui em Bronxville, os canteiros continuam super floridos, e quinzenalmente são trocadas as flores destes, com um bom gosto e uma harmonia incríveis, parecendo uma festa.
Aqui, como o dinheiro público é realmente revertido para o público, em lugares onde o recolhimento é mais polpudo, como aqui em Bronxville e em toda esta região de Westchester, há verba para o que chamaríamos de supérfluo, como o cuidado com as flores em todo lugar em que haja um canteirinho para ser cultivado. Aqui pertinho há diversos deles, com variedades de florzinhas em tons de rosa, azul, lilás, que parece mais um sonho de infância, de tão bonito! Já em outros lugares aqui na região, há canteiros com florzinhas que vão do amarelo-ouro ao vermelho, passando pelo alaranjado, formando um conjunto alegre e tão colorido quanto o verão.
Privilégio nosso estarmos morando em um lugar assim tão especialmente bonito, o que agradecemos diariamente à vida e aos céus!
Ontem estávamos aqui em casa por volta das 19h30, quando escutamos o som de gaitas de fole escocesas vindo da rua. Saímos atrás daquele som maravilhoso e fomos apreciar o que se passava. Havia uma banda ensaiando para tocar em uma comemoração para um oficial da Polícia de N.Y. que estava se aposentando (numa festança aqui em um restaurante próximo). Lá fomos nós, que nem crianças atrás do circo, e tivemos a oportunidade de nos deleitar com um show ao vivo de gaitas de fole, com todos os homens vestidos com aquelas saias com um monte de apetrechos pendurados à cintura, calçados especiais, boinas com penachinhos verdes combinando com os detalhes da roupa... A noite estava muito clara e o céu era de um azul infinito, a temperatura era amena e aquele som pelo ar... ah!...nossa criança se encheu de alegria! Muito lindo!
Aqui nesta região do país, é costume bandas de gaitas de fole estilo Escócia, devido à forte influência inglesa, afinal, estamos na região de New England.
Nos desfiles do dia de Saint Patrick, que se realizam em Manhattan no dia 17 de Março (Saint Patrick é o santo católico, protetor da cidade de New York) acontece um grande desfile lá na “city” com milhões de bandas de gaita de fole com o pessoal todo paramentado com saias, penachos, boinas, etc. Nós não tivemos coragem de ir até Manhattan, porque a cidade esteve super lotada de gente por causa deste desfile e porque o povo bebe demais nesta ocasião, então, achamos mais prudente apreciar pela TV, embora não tenha o mesmo “sabor”.
Outra coisa muito interessante, que quero relatar para vocês: lá na “Grand Central”, que é a estação de trens principal de Manhattan, lindíssima (fundo para vários filmes famosos) há um espaço especial para exposições de arte. Outro dia nos deparamos com uma exposição “sui-generis”. Uns alunos de uma escola de artes em N.Y. descobriram que nos porões da escola haviam inúmeras máquinas de escrever empilhadas, aguardando um destino a ser dado para aqueles objetos completamente obsoletos e decidiram criar instalações de arte, dando-lhes uma função qualquer. Então, de forma muito harmônica, montaram nichos ambientando as máquinas de escrever, sugerindo diversas e divertidas utilidades para estas: porta-maquiagens, porta-revistas, escorredor de pratos, etc...artisticamente montada, muito lúdica e interessante, a exposição, patrocinada por grandes empresas, como tudo o que acontece por aqui.
Aqui o poder público tem o dom de conciliar a sua verba com o auxílio de empresas privadas, possibilitando inúmeros acontecimentos especialmente ligados à Arte, equilibrando as despesas e proporcionando ao público a possibilidade de usufruir de tudo sem colocar as mãos no bolso propriamente (ou, dispondo o mínimo possível de dinheiro para poder usufruir do “show”). Estas iniciativas casadas entre o poder público e o privado aqui, são fantásticas e acontecem aos montes, especialmente agora, no verão, porque no inverno, o pessoal quer mais é ficar enfiado dentro de lugares quentinhos e aconchegantes...
Aqui se depara com objetos de arte, esculturas, exposições de fotos, “shows” ao ar livre, a todo momento, transformando o verão em uma verdadeira festa – o que aliás, é mesmo!
Manhattan se transforma, entupida de turistas de todas as procedências, curtindo tudo a que têm direito. Guardadas as proporções, lembra muito São Paulo, que também oferece inúmeros espetáculos o tempo todo por precinhos bem camaradas. Só que aqui, como tudo é grandioso, quando algo acontece é sempre estruturado com o que existe de mais moderno combinado com o tradicional.
Atrás da Biblioteca de N.Y. existe um grande parque, com cadeirinhas e mesinhas ao ar livre (agora, no verão) e no horário de almoço, um “show” de música ao vivo acontece duas vezes por semana. O pessoal que trabalha por lá se senta nas cadeirinhas e enquanto “almoça” fica lá curtindo um sonzinho ao vivo – patrocinado sempre pela Prefeitura da cidade e por algumas empresas privadas – o sistema de som é o mais moderno possível, com equipamentos de última geração e se o espetáculo é de dança, há sempre um telão reproduzindo tudo com uma imagem impecável.
Enfim, este povo daqui realmente carece de cultivar o afeto, mas, em matéria de recursos e de capacidade de misturar a arte com a tecnologia, somos obrigados a lhes tirar o chapéu e nos curvarmos diante da sua capacidade...coisas de primeiro mundo!
E é nestas horas que a gente consegue entender direitinho a diferença para o título de “primeiro mundo”...então, a gente percebe que dependendo do sistema político e da vontade política de quem administra o dinheiro público, há ainda muita riqueza neste mundo para que a Humanidade possa realmente um dia ser mais feliz e ter suas necessidades básicas supridas com muita arte como cenário de fundo...

Lúcia M.

Universo e sincronicidade

Temos sido levados a acreditar que o que nos faz felizes encontra-se "lá fora" e que para o alcançarmos é necessário sofrer, gemer, perder o sono, a fome, o prazer de viver, é preciso transformarmos nossos dias numa batalha em que, na maioria das vezes, não nos reconhecemos como vencedores, dignos dos louros e do prêmio.
Cegamente, nos embriagamos com as mensagens invertidas do "marketing," estimulante do consumismo e do culto ao "Ego", entregando todo nosso ser a metas externas.
Quem é que nunca sofreu uma dura decepção, a primeira vez que viu espelhado em seu extrato bancário, o quanto aquele Banco, que no anúncio se dizia seu "amigo", lhe tirou por conta dos juros cobrados?
...É bom e confortável morar num local limpo, claro, espaçoso e bonito...
...É bom e confortável estar bem vestido e bem calçado, com harmonia e bom gosto...
...É bom e confortável saborear uma comida feita com esmero, com uma aparência cativante, exalando um perfume estimulante em uma mesa bem arrumada...
É bom para a alma conhecer novos lugares com sua beleza e encantos próprios, ampliando nosso universo e estimulando nossa imaginação...
O coração não sabe fazer conta, não reconhece números como seu nutriente e quando se sente desnutrido sinaliza fortemente, sem possibilidade de seus alarmes não serem escutados – sua campainha toca em alto e bom tom.
Tenho aprendido e constatado que não existem mistérios e sim, verdades ainda não desvendadas.
Algumas situações tem me provado que muitas das crenças que compõem o nosso ser, a partir da nossa cultura, limitam nossa percepção, impedindo-nos de enxergarmos adiante.
Sendo o pensamento força, o grande lance é abrir mais e mais nosso campo de visão e de percepção, para podermos amplificar esta força que é o pensar, derrubando as fronteiras que o limitam.
Por fim, o que a Vida nos oferece é, com poucas exceções, sempre mais e melhor do que havíamos planejado, extrapolando nossa imaginação.
Não adianta forçarmos o rumo a ser dado aos fatos.
O Universo é regido por leis. Sempre que agimos em sincronicidade com estas leis, a "resposta da Vida" é positiva.
É preciso se dobrar à humildade para poder perceber a delicada evidência das mensagens que a vida nos traz o tempo todo.

Lúcia M.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mais uma dica

Uma dica incrível que aprendi com um médico.

Para esta tosse que se apresenta acompanhando a gripe desta temporada, a medicação que fará a tosse desaparecer por completo é o já velho conhecido de todas as mulheres em período menstrual : Atroveran , na dosagem de 20 gotas 4X ao dia, ou, se necessário, aumentar para 30 ou até 40 gotas diluídas em água.

Ele garantiu que não há nada mais eficiente contra tosses compulsivas e constantes.

Amar é...

A Vida tem me proporcionado novos sentidos, possibilitando novos ângulos de percepção sobre o ato de amar e o próprio ato de viver.
E uma das coisas que tem sido muita valiosa é apreender que fomos criados para a abundância, que o Universo é abundante, que somos prósperos e ricos desde o momento em que nascemos e que aqui estamos para fazer florescer estas riquezas.
Assim, nossos relacionamentos passam a se apresentar como pontes de passagem para crescermos, para ampliarmos nossas possibilidades, para compartilharmos, para multiplicarmos esta abundância que o Universo nos oferece e para criarmos juntos mais abundância.
Às vezes é difícil conviver de perto com situações em que se percebe claramente o equívoco que representa atitudes tomadas pelo outro, especialmente, quando testemunhamos o sofrimento que aquela atitude tem provocado.
Se o nível de intimidade entre nós permitir, talvez em algumas conversas seja possível ajuda-lo(a) , mas, nem sempre isto é possível e nem sempre o outro está convencido de que uma ajuda nossa poderia ser bem vinda naquele momento.
Então, nos cabe estarmos atentos aos fatos, para que o abraço esteja presente no momento oportuno, como uma oferta de carinho e de aconchego.
Podemos também emitir nossas melhores energias e soltá-las ao espaço, para que pairem abundantemente sobre aquele ser enchendo-o de inspiração, de bom ânimo e de boas energias.
A grande dificuldade reside mesmo em aceitarmos o tempo do outro para algumas questões, reconhecendo e respeitando sua individualidade.
A dificuldade maior, na maioria das vezes, reside na verdade, em aceitarmos o nosso próprio ritmo, o nosso próprio tempo interno, a nossa própria melodia.
A grande dificuldade está em perceber que o fruto não cai do pé antes da hora e que viver é, antes de tudo o mais, aprender, aprender e aprender e para que tal seja possível, é necessário sempre procurar viver da melhor maneira – já que ninguém falha por escolha – e usufruir de todo o direito à abundância que o Universo nos oferece a todo o instante.
O grande lance é acolhermos o outro exatamente como se apresenta, sem imposição de nossas concepções, de nossos valores, sem pressões, que ninguém suporta viver sob pressão, especialmente em situações extremas.
O difícil, na nossa cultura, é amarmos incondicionalmente, já que fomos criados sempre sob condicionais, sob ameaças de castigo se não correspondêssemos à expectativa dos pais e da família, dos professores, das autoridades religiosas, das leis criadas pelo sistema governante, etc, etc, etc, num etc sem fim...
Fomos acostumados a limitar nossos anseios, nossos talentos pessoais, nossos planos, nossos sonhos, nossa própria capacidade de criar e de amar, dentro de grossas paredes podando nossa espontaneidade, nosso senso de abundância e de leveza de ser.
Tantas imposições, tantas condicionantes, fizeram de nós seres mesquinhos com nós mesmos, com nossa história e com o outro.
Não é poupando, economizando, guardando no cofre, regulando, nos fechando, que estaremos atraindo a prosperidade e a abundância.
Quando entramos numa loja, nossos olhos e nossos sentidos sempre são atraídos pelo que há de mais caro. Sabe porque? Porque a nossa alma existe para a abundância e não para a mesquinharia.
Nós é que a reprimimos, em função do nosso saldo bancário e da disponibilidade financeira e acabamos fazendo mil e uma contas, para sairmos daquela loja não com o que nossa alma “logo de cara” gostou, mas, com algo bem mais em conta.
Como o difícil não é necessariamente impossível, podemos tentar, e com o tempo começaremos a alcançar aquilo que desejamos e que projetamos.
A abundância é libertadora, ela é uma faceta do Amor que se apóia na fé.
Embora semelhante atraia semelhante, é na diversidade que a existência se sustenta e é na diversidade que geramos a abundância.
Então, se você me perguntar,: - “E então, o que é amar?“. Minha resposta será: “Amar é viver na abundância. Amar é gerar abundância. Portanto não seja econômico com a vida, com o outro(a) e menos ainda com você mesmo(a).”

Lúcia M.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Paciência com o paciente!

(da série "Relatos da América")

Tenho tido a oportunidade de trabalhar com pessoas que ou são portadoras de males crônicos e sem cura, ou são muito idosas e mais próximas da morte do que eu, pelo menos aparentemente. Esta é uma experiência completamente nova para mim, e mais ainda, em um país com uma cultura tão diferente da nossa.
O que mais me chama a atenção é que aqui nos Estados Unidos a pesquisa, o desenvolvimento de instrumentos e de recursos técnicos na área da Saúde é dinâmico e intenso e não faltam recursos materiais para estas conquistas, possibilitando ao doente contar com muito mais recursos do que no Brasil em geral.
Existe porém um aspecto que me chama a atenção e que me parece profundo e digno de reflexão: o que se está oferecendo a estes pacientes é a perspectiva de cura ou apenas um prolongamento de “vida”?
A classe médica entende que se deve prolongar a vida do doente o máximo possível, e para isto, conta com convênios médico-hospitalares que cobrem em geral todas as despesas dos pacientes.
Por conseqüência, o doente crônico tem condições de sobreviver durante anos, décadas até, sob tratamentos paliativos à base de fortes medicamentos, que, na maioria das vezes, apenas abreviam o sofrimento enquanto mantém o doente aprisionado e refém de constantes alterações emocionais, além da evidente interferência no seu raciocínio lógico.
Isto é, o paciente que antes tinha um problema de saúde passa então, a ter muitos mais e entre outros, passa a ser dependente de mais medicamentos para “viver”.
Nesta função que exerço aqui na Flórida, de cuidar de senhoras idosas doentes, algumas das minhas clientinhas têm me proporcionado a oportunidade de observar que na maioria das vezes, estes paliativos acabam conduzindo-as a um inevitável isolamento social, já que não mais conseguem manter um mínimo de coordenação e coerência em seu comportamento.
Este ciclo cruel rompe a troca afetiva e social, além de desenvolver uma rotina diária baseada nos seus horários de sono, que são muitos, variados e pequenos ao longo do dia.
Além deste fato, tenho observado que o paciente nestas condições, e provavelmente em função deste isolamento social e do próprio sentimento de impotência misturado com um sentimento de fracasso, desenvolve uma relação espantosamente egocêntrica com o mundo ao seu redor.
Neste universo restrito, o jogo de culpa aliado ao remorso, sofrimento e dor física (real) ditam a tônica para os relacionamentos em geral, seja com parentes mais próximos ou até com aqueles que lhes dedicam cuidados e esforços movidos por um real desejo de lhes proporcionar algum bem-estar.
O mais surpreendente é constatar que o mesmo país que dispõe de tanto capital e recursos avançadíssimos para “prolongamento de vidas” não se dá conta de que o “pacote vida longa ” deveria vir acrescido de um acompanhamento específico de profissionais da área da Psicologia e Psiquiatria, o que não é comum aqui, porque os convênios médicos não contemplam este tipo de atendimento.
Felizmente, a diferença básica entre o atendimento médico daqui e do Brasil é que a maioria de nossos profissionais da área da Saúde se envolve de fato com o seu paciente e com a profissão que escolheram, o que já não é comum na maioria dos profissionais daqui.
Além disto, o Brasil não conta com tanto recurso econômico e financeiro como aqui e por esta razão, a eutanásia é um assunto completamente distante da nossa realidade, já que o sistema de Saúde não tem condições de arcar com os custos de manutenção de uma vida artificialmente mantida.
O que percebo é que além da capacidade insuperável de se prolongar uma "vida” por décadas, aqui o sistema não só assume as despesas como se aprimora tecnicamente cada vez mais para tal . Assim, se distancia cada vez mais da reflexão sobre a necessidade fundamental de acompanhamento psicológico e psiquiátrico para os doentes, de um “olhar” mais humano para questões humanas. O suporte psicológico e emocional é uma ferramenta indispensável para este estágio delicado de “sobrevida”, que, na verdade, vem a ser uma maneira completamente nova e diferente de viver, até então desconhecida pelo paciente.
Mas, a questão que páira sobre a minha cabeça é relacionada justamente à expressão “sobrevida”, uma vez que quem sobrevive não mais vive simplesmente, apenas enfrenta o desafio diário de aqui estar ainda presente de corpo, sendo que na maioria das vezes o cérebro se tornou um depósito desorganizado de informações fragmentadas e o coração abriga sentimentos controversos onde a baixa-estima, a dor, a mágoa, a culpa, a sensação de abandono são verdadeiros desafios com que passa a conviver o tempo todo, transformando a sua vida, a sua “sobrevida” numa total atormentação.
Assim, deixo uma semente de reflexão : até que ponto é válido esta atitude da Medicina, que, no fundo, não aceita a morte pelo simples fato de que aceitá-la significa atestar a sua limitação no processo da cura?
Parece que acima de tudo existe uma sensação de vazio em que a frustração acaba sendo a grande impulsionadora das pesquisas na área da Saúde, onde o profissional da Saúde é o agente que entende dos recursos, mas esquece de se aprofundar nos seus conhecimentos sobre a alma humana...

Lúcia M.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A conquista do espaço

São muitas as vezes em que nos sentimos invadidos e desrespeitados por alguém, que até aquele momento, acreditávamos ser muito amiga(o) e que de repente nos surpreende com atitudes egoístas, não levando em consideração nossos sentimentos e desejos.
Ficamos injuriados, magoados e confusos com a naturalidade com que a pessoa agiu, centrada apenas no seu próprio umbigo.
Após passado o efeito do mal estar provocado por aquele comportamento unilateral, devagarinho, um pouquinho por dia, vamos tentando entender o ocorrido, movidos pela necessidade de virar aquela página para podermos esvaziar da alma o sentimento que ficou, ligado àquela pessoa.
Percorremos então, através da memória, as cenas das inúmeras situações vividas em conjunto, numa tentativa de recompor o quebra-cabeças, para entender o que se passou.
E assim, dia após dia, vamos nos reanimando e abrindo o espaço dentro de nós para uma reconciliação ou para o término definitivo daquela relação.
Procuramos em conversa, escutar os motivos do outro(a), o que pode resultar em um reencontro sob novos parâmetros ou mesmo em uma tentativa em vão.
Com o tempo e no exercício contínuo de uma faxina interior, para que em nenhum canto escondido persistisse em existir alguma mágoa guardada, alguma dor reprimida, algum equivoco mal entendido, vamos decodificando tudo o que até então eram fios mal enredados, como uma nuvem escura estacionada, que nem fazia chover e nem se dissipava.
E vamos, pouco a pouco, percebendo que ninguém ocupa em nossa vida um espaço que não existe.
Vamos entendendo que nós mesmos é que criamos um abertura deliberada, um espaço liberado sem medidas, para que a invasão ocorresse.
Vamos libertando o outro de todos aqueles sentimentos negativos que lhe havíamos dirigido, compreendendo que as regras de uso e de trânsito deste espaço que somos nós, nós mesmos é que criamos e que cuidamos para que sejam respeitadas para evitar invasões repentinas e mal intencionadas.
Na maioria das vezes mais demorada do que desejávamos, esta liçãozinha é muitas vezes sofrida, mas nos traz um grande sossego de alma e a sensação de tomar em nossas mãos a responsabilidade pelos acontecimentos em nossa vida, nos trazendo uma liberdade que independe do cenário externo.
Vamos conseguindo então nos libertar da nuvem negra que pairava sem movimento sobre nós, que nos mantinha estacionados no mesmo lugar, para conseguirmos respirar a leveza do ar que flui solto, livre, abrindo mão do Passado e nos abrindo para o momento Presente sem dor, sem rancores e nos amando a cada dia um pouco mais.

Lúcia M.

Senhor do Tempo

Benvindo, Senhor do Tempo
vem chegando de viagem
encosta aqui, bem juntinho
vai abrindo sua bagagem...

Como um mago de cartola
no grande dom da magia
faz brotar no hoje o ontem
de dentro da fotografia.

Corrompo a contagem do tempo
desfeito através de imagens
memórias guardadas na pele
como finas tatuagens
desfilam na minha lembrança
como se fossem miragens.

Senhor da vida e da alma
por favor, responde, me acalma
Afinal, meu Senhor,
tu és quem, conta pra mim de onde vens?

Lúcia M.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mudança de rumo

Quem de nós já não viveu situações em que algo lá de dentro dizia que era hora de encerrar aquele capítulo, e a gente “esticava” aquele fio no relacionamento, na escolha profissional, na escolha de moradia, de país, de crença, etc...
A gente passa por uns momentos de plena lucidez em que se enche de força e de razão e decide seguir por outro caminho, por outra rota, seja solitariamente ou acompanhado e, de repente, diante de um argumento qualquer que nos seja apresentado, retomamos aquele trilhar já conhecido, até meio viciado, que, embora já não agrade mais, ainda exerce seu fascínio justamente pela facilidade que representa, por atestar o “não movimento” que é confortável.
Parece que de tempos em tempos, passa por nós uma onda em outra frequência de energia, que nos traz a luz, mas, que ainda não conseguimos sustentar, então, “escorregamos” de volta ao conhecido, ao cômodo, ao íntimo.
Assim é em infinitas situações da nossa vida, seja relacionadas à mudança de estilo de vida, ao nosso foco intelectual, à intensidade dos nossos afetos, etc.
E assim é, até o momento da maturação interna, até o dia em que a gente acorda e diz com toda convicção: “Hoje se finda esta história!”
É neste momento, que conseguimos alcançar um estágio em que as novas propostas, os novos projetos, os novos estímulos se condensaram dentro da nossa alma e enfim, conseguimos sustentar esta energia e nos movimentar na nova direção com fé, com determinação e com perspectivas positivas.
E é este “pacote” de estímulos que alimenta nosso ser diante de reações as mais diversas e as mais adversas por parte de todos com que convivemos.
É quando o “fruto maduro” cai do pé, como se diz...
Portanto, sem ansiedades, sem cobranças internas, sem flagelações e culpa, reconheçamos que existe o momento adequado para tudo nesta vida, inclusive para as mudanças profundas – sem culpar quem quer que seja ou as circunstâncias, porque a mudança já havia se iniciado há tempos no nosso mais secreto espaço interno, chamado “alma”, apenas agora escutamos seus apelos.
Uma névoa se desfaz e começamos a habitar um “espaço” claro, leve e positivo com a alegria e o entusiasmo renovado de uma criança!

Lúcia M.

domingo, 23 de agosto de 2009

Multiplos mundos

Fomos criados acreditando que o único local com vida no Universo era a Terra, porém estamos começando a despertar para o fato de que o Universo é muito mais amplo e cheio de vida do que supúnhamos.
Entenda-se por “cheio de vida” uma existência alicerçada em energia com outro desenho atômico (dos átomos), vamos dizer assim.
Graças aos avanços tecnológicos, os astrônomos, os físicos, os homens da Ciência tem observado o Cosmo e semanalmente se surpreendem com alguma prova de que existe mais vida além do planeta Terra do que imaginavam na véspera.
Até o nosso velho conhecido Plutão sofreu uma reclassificação nos últimos tempos, sendo “rebaixado” à categoria de “planeta anão” e sendo retirado da seqüência clássica de planetas, que havíamos aprendido em criança como sendo a composição de nossos sistema solar.
Até a existência de outros sistemas solares tem sido descoberta e comprovada com certa freqüência, surpreendendo a todos nós.
A Ciência rompeu os limites do possível, expandindo nossos horizontes e constatando que os corpos atuam uns sobre outros, acima de tudo, através de sua força magnética, gerando um sem números de situações, de movimentos, o que motivou inclusive uma mudança de denominação de Física para “Física das possibilidades” ou “Física Quântica”.
Assim, a Ciência continua cumprindo sua função, que é a de levar a Humanidade a ampliar seus horizontes, nos impulsionando a admitir que nada é definitivo na existência, nos ajudando a perceber o que ainda ontem nem imaginávamos ser possível existir.
Neste momento, a Ciência tem nos mostrado a realidade além dos limites de nossa visão física, nos conduzindo a aceitar e a conviver naturalmente com as diferentes facetas da mesma realidade que compõem o mosaico da vida, das relações humanas e inclusive da relação com nossos vizinhos dos múltiplos universos existentes, possivelmente habitando até a décima primeira dimensão.
É como se estivéssemos até então vivendo aqui na Terra dentro de uma caixa limitada, percebendo o mundo apenas em três dimensões e hoje começamos a despertar para outras possibilidades.
Temos passado por um processo em que nosso DNA tem sido delicada e silenciosamente alterado, estimulando em nós a capacidade de dominar outros “dons”, outros recursos, nos propiciando a oportunidade de “sairmos de dentro da caixa” e de alcançarmos uma existência em que a nossa força magnética é reconhecida como a quarta dimensão.
Embora tenham sido cuidadosamente abafadas por parte dos governos do mundo todo, nós, seres humanos e os habitantes de outros planetas em outras dimensões temos mantido uma comunicação intensa, na maioria das vezes com espírito fraterno de intercâmbio de conhecimento entre diferentes tipos de realidades.
Não sei se você já parou para pensar nisto, mas, os governos não investiriam tanto dinheiro na “corrida espacial” apenas para exibir seu poder; há algo mais precioso por trás disto tudo.
Esta realidade tem sido retratada através de filmes de ficção científica, como a série “Star Treck”, já fazendo parte do nosso dia a dia.
Estas mudanças tem provocado em todos nós uma instigante necessidade de conhecer mais o Universo, de nos aprofundarmos mais no conhecimento do funcionamento de nossos corpos, de nosso cérebro, de nossos desejos, de nosso eu mais profundo.
O conceito de que apenas aqui na Terra seria possível algum tipo de vida perde sua força a partir do momento em que a Ciência levanta a hipótese (ainda não comprovada) de que existe energia no “vazio”, portanto, no espaço que nos cerca, seja aqui ao lado ou seja no infinito.
Com o auxílio dos recursos que a tecnologia nos tem oferecido e da Internet, vamos expandindo nosso conhecimento e vamos ampliando naturalmente nossa percepção, modificando velhos conceitos e maneiras de agir.
Uma onda invisível, mas, perceptível, tem nos conduzido a prestar mais atenção aos nossos sentimentos, a nossas atitudes, à capacidade de envolver nossos relacionamentos em tons mais fraternos, mais amorosos, em que vamos gradativamente desenvolvendo nossa sensibilidade, incorporando a quarta dimensão em nossa vida (telepatia).
O físico Michio Kaku, especializado na “Teoria das Cordas” afirma que a fronteira entre a ciência e a ficção científica está cada vez mais tênue. Para ele, o destino natural dos homens está nas estrelas.
A Humanidade tem caminhado em direção ao rompimento do véu que encobriu tantas verdades maquiadas pelo sistema por tantos séculos, dificultando-lhe a visão do real e hoje, como um prisioneiro que conquista a liberdade, segue adiante com o entusiasmo de quem tem sede de novas descobertas e de muito resgatar para se realizar.
Deleite-se com este filminho do Youtube a respeito de campo magnético:



Lúcia M.

sábado, 22 de agosto de 2009

Adeus, Feliniana

Ela se foi...
Levou consigo suas ilusões,
seu sonho acalentado por tantas décadas
de ao lado de um homem qualquer
viver um grande amor.

Ela se foi.
Nunca mais a veremos
em seu corpo gordo
em seus vestidos estampados
de flores coloridas e gigantescas

Ela se foi e junto foram
seus olhares assustados
sua voz trêmula
seus suspiros aspirados
seu tesão recatado

Personagem inspirado em Fellini
em suas histórias inventadas
em mulheres que criava
apenas com a inspiração
em seus filmes caricatos.
Um vazio ela deixou...

Lúcia M.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Fica mais aqui

...Nem me venha, nem me fale,
nem me lembre...
que por motivos tão banais,
que por descuidos tão frugais
você, justo você vai me deixar...

Nem me venha com isto,
nem me fale, nem pense nisto...
A vida nos quis unidos ,
próximos, amigos,
companheiros de jornada
colegas de missão

...Nem me fale,
nem pense nisto...
A vida nos deu o ar,
a Criação nos forneceu a alma
E as nossas se encontraram
Um novo encontro enfim
encontro de amor e de luz

Traçados e caminhos de harmonia
de grandes e belas lições
Traçados trançados
amorosamente combinados...

Fica aqui, fica mais...
Chegue-se mais perto de mim
Vem participar deste banquete
banquete de amor e de ações

Nem vem com isto agora...
Nem vem...
Dê a volta, reveja os seus passos
Vem comigo, o caminho está aberto...
Minha trilha se mistura com a sua...
Vem, vamos juntos seguir.

Lúcia M.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Despedida

Tanto tínhamos a dizer, cada um de nós,
Mas, as palavras não conseguiram se condensar,
Um nó na garganta as prendeu em nossas almas...

Tantos afetos poderíamos ter trocado
Mas, o seu silêncio e o seu distanciamento
Não permitiram a minha aproximação....

Tantos risos deveríamos ter vivido juntos
Mas, a sua sisudez os escondeu da sua face...

Tantas vezes estendi-lhe a mão
Com o coração aberto para aprofundarmos nossa relação
Mas, em vão, você insistia em cruzar os braços...

Tanto tentei cooperar nos momentos difíceis por que passamos
Mas você preferia ignorar...
e seguir sozinho o seu caminho, embora muito inseguro e assustado.

Hoje estou partindo para voltar sabe Deus quando...
Levo comigo meus sentimentos, minhas esperanças, meus sonhos
Levo comigo a minha teimosia em ainda crer no amor...
Continuarei alimentando-o com aqueles
que têm se disposto a partilhá-lo comigo.

O tempo, eu acredito, é o senhor da verdade
Não há o que possamos fazer contra a sua força esclarecedora
Deixo que ele se encarregue de dissipar
palavras não ditas, afetos não vivenciados,
mãos que não se entrelaçaram...

E num ato de esperança
Deposito em sua força, a clareza, a luz, o calor, a conquista da paz.
Pois tempo é uma ilusão...
Só existe com a finalidade de ajudar-nos
a enxergar com as lentes da distância
aquilo que na proximidade e no Presente
não fomos capazes de absorver...

Lúcia M.

De quem é a culpa?

Tenho aprendido tantas coisas novas, produtivas e todas tão úteis para a minha vida, que criei este BLOG só para compartilhá-las com você, esperando poder lhe ajudar a encontrar soluções para as situações do seu cotidiano .
E a culpa é uma destas questões, que nos atormenta a alma desde a criação dos sistemas de dominação das “massas”: os sistemas políticos e a criação das religiões, recheados de castigos e de “pecadores culpados” aguardando pelo perdão.
A culpa, como uma espada afiada cravada em nossas costas, incomoda, fere, fura, faz doer. Nos traz um sentimento de decepção, de aprisionamento, corroendo completamente o nosso prazer de viver.
Ela nos rouba a alegria de viver, nos levando a caminhar cabisbaixos, fazendo-nos esquecer de elevar o olhar para apreciar o céu, o sol, as nuvens, nos furtando o direito de sonhar.
Como fui sempre cheinha de corpo desde que me entendo por gente, de tempos em tempos, praticava alguma dieta “miraculosa”, que algumas vezes, me ajudava a perder alguma medida a mais.
Mas, observei que quando eu colocava ansiedade e culpa no alimento que ingeria, ele milagrosamente crescia muito mais dentro do meu corpo, provocando um rápido movimento dos ponteiros da balança em direção aos números mais altos.
Pude perceber, inclusive, que ingeria sempre muito mais do que o necessário, como coadjuvante do sentimento de culpa. Era como se não me perdoasse pelo corpo que tinha e ao mesmo tempo, me punisse comendo mais do que o devido. Não havia possibilidade alguma de perder peso e medidas, neste circulo completamente vicioso.
E aqui com meus botões, fiquei pensando justamente no que representa a culpa neste contexto.
O diabético ingere o doce proibido, que já entra no seu corpo temperado com muita culpa, pois, sabe que as conseqüências deste açúcar no seu corpo não serão as mais amistosas.
O alcoólatra quando bebe, ingere junto com o álcool uma tonelada de culpa, pois, já sabe que o dia seguinte o aguardará no mínimo com uma terrível dor de cabeça.
E assim acontece em inúmeras ocasiões na vida de todos nós.
Você há de concordar comigo, que não há nada mais confortável do que lançar mão rapidamente de alguém para ser responsabilizado por algo ou por tudo aquilo que não tem dado certo na nossa vida. Identificá-lo é uma alegria, exaltando a sua culpa, enquanto aliviamos a nossa. Um verdadeiro alívio!
Então, aprendi que o melhor a fazer é estar de bem com as escolhas que faço e assumí-las com muita sinceridade e clareza de intenções, para não me sentir traída por mim mesma, me furtando a usufruir do prazer de uma sobremesa dos deuses, ou de algumas taças de vinho maravilhoso, ou de uma noite de amor - sem medo de ser feliz.
Não nos damos conta de quanta frustração muitas vezes, projetamos sobre nosso corpo, nas entranhas de nossas células, criando doenças, deformidades, alergias, baixando a imunidade para a passagem de vírus, criando dependências, etc.
Bruce Lipton é um biólogo americano, pesquisador de células-tronco, que escreveu um livro chamado: A biologia da crença . Neste livro, ele afirma cientificamente que todos nós podemos interferir no funcionamento das nossas células a partir de mudanças de paradigmas, de crenças, colocando nossa vontade e pensamento direcionados para atuar.
Ele afirma que somos dotados de uma capacidade transmutadora de energia e de total autonomia sobre nossa vida e sobre todo o funcionamento de todas nossas células.
Aprendi que os átomos, componentes de nossas células, tem em seu “miolo” o vazio – que é justamente onde são armazenadas as energias que nós mesmos produzimos e emitimos através dos pensamentos, de nossos desejos, do que sentimos, etc.
Fiquei pensando que devo ter preenchido estes espaços vazios das minhas células, inúmeras vezes, com afirmações de baixa-estima, com frases negativas em relação a mim mesma e a outras pessoas, sem me dar conta do que fazia.
Então, ao invés de fazermos como aqueles talebãs, que ficam se chicoteando em público até cair, se esvaindo em sangue e vencidos pela dor, ao contrário, podemos começar a prestar mais atenção às mensagens que nossa alma e nosso corpo nos dão o tempo todo, podemos começar a nos amar, a nos respeitar como nunca até então.
Culpa não combina com espontaneidade, com prazer, com liberdade, com alegria, com perdão, com leveza e menos ainda com amor.
A culpa é sombria, comprime nosso coração, sufoca nossos estímulos positivos para a ação, nos paralisa, nos torna vingativos e cruéis.
O perdão atua como um analgésico, aliviando aquela dor que torturava nossa alma não nos permitindo usufruir da vida livremente e nem compartilhá-la com os outros com o prazer merecido.
Podemos nos propor desde já a começar a mudar os nossos padrões de comportamento e abdicar a uma infinidade de crenças “injetadas” em nós, desde nossos antepassados, ao longo dos séculos, que nos impôs sempre um sentimento de devedor irremediável e podemos iniciar esta “reforma” identificando uma a uma para poder eliminá-las.
Compreendendo que aquilo que valorizávamos há algum tempo atrás perdeu seu significado completamente e hoje não nos sensibiliza mais, que aquela pessoa que para nós era tão especial perdeu seu lugar no “podium” da nossa vida, conseguimos ampliar nossa percepção dos fatos e nos perdoarmos. Compreendendo com o coração aberto, que aqui estamos apenas para aprender diariamente com as lições da vida e que somos todos seres mutantes (como dizia o Raul Seixas, somos uma “metamorfose ambulante”) conseguimos compreender sem sofrimento que assim como nós, também o “outro” ao nosso lado segue a sua rota, perseguindo à sua moda aquela que é a meta principal da vida de todos nós: ser feliz.

Lúcia M.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Aceite este fato: Pensamento é força criadora.

Como filhos de Deus que somos, fomos agraciados com o mesmo poder de criação Dele.
Nossa mente racional costuma colocar Deus “lá nas alturas”, tão distante de nós, que achamos que somos seres desprezíveis, sem o menor valor e sem qualquer condição de manifestar o Deus que existe em nós.
Isso tem acontecido por milênios devido a nossa educação judaico-cristã, que nos ensinou a nos colocarmos nesta condição, o que sempre interessou às religiões.
Para elas, temos que nos sentir como pessoas sem qualquer acesso às benesses divinas, para que seus representantes sejam venerados como intermediários entre Deus e nós e, assim, deterem o poder sobre a vida dos fiéis em suas mãos.
Repare como as religiões sempre nos ensinaram que, para mostrar o respeito que temos pelas entidades divinas, temos de ficar de joelhos e baixar a cabeça. Fazendo isto, note que a nossa posição se assemelha a um "S".
Ao se colocar nesta posição, você desalinha a sua coluna vertebral, que é a “antena” para se conectar com o divino.
Mantenha então a sua coluna vertebral ereta para manter sempre este canal de comunicação ativo.
Por ela circulam muitas energias sutis, que abastecem os chakras e estes alimentam os nossos órgãos físicos de energia.
Chakras são centros de troca de energias com o Universo.
Quando os nossos chakras estão equilibrados, nossos órgãos e glândulas se mantém equilibrados e, consequentemente, não haverá ambiente favorável a doenças.
Todos nós somos capazes de perceber quando uma pessoa está de mau humor ainda que ela apresente uma feição tranquila.
Percebemos logo quando houve uma discussão num ambiente onde acabamos de entrar, não é mesmo?
O que você percebeu foi a energia negativa circulando no ambiente, emitida pela pessoa de mau humor.
Não há como negar a existência desta energia negativa, assim como as energias positivas em um ambiente.
Nós todos, como filhos de Deus que somos, temos o poder inato de manipular estas energias.
Se pessoas ou ambientes estão carregados de energia negativa, que tal limpá-los destas energias e carregá-los com energia positiva?
A nossa mente e as nossas mãos são instrumentos poderosos para isto.
O primeiro passo é tomar consciência de que você é capaz disto. Sem isto, não se consegue nada.
Para limpar um ambiente de energia negativa, aponte o dedo indicador para cima e comece a fazer círculos no sentido horário. Imagine que, de seu dedo começa a sair uma energia muito poderosa que acompanha o movimento de círculo que voce está fazendo. Para fazer uma analogia, pense num cigarro aceso. Imagine que você está segurando este cigarro pelo filtro, fazendo círculos com ele. A fumaça que sai dele, faz o mesmo circulo, não faz? Observe este círculo de fumaça. Ele vai aumentando de tamanho, a medida que você continua a fazer círculos com o cigarro.
Com o dedo, se dá a mesma coisa. Imagine esta energia aumentado de tamanho, formando um círculo cada vez maior e, na medida em que ele aumenta, a energia negativa vai sendo “empurrada” para fora do ambiente.
É possível se fazer o mesmo com a pessoa de mau humor. Imagine que você faz o circulo em volta dela. Gire o dedo e imagine que a sua energia positiva expulsa a energia negativa da pessoa.
Você também pode fazer em torno de si mesmo.
É mágico! Funciona!
A partir do momento em que o ambiente e a pessoa estão limpos de energia negativa, que tal enviar energia positiva?
Chacoalhe as mãos e os dedos para se livrar de qualquer resquício de energia ruim e comece a girar o seu dedo de novo, agora enviando energia positiva. Procure visualizar esta energia positiva envolvendo a pessoa ou preenchendo o ambiente.
Sua intenção é que comanda. Sempre que você desejar uma emissão de energia positiva, vai conseguir. Lembre-se: Pensamento é Força Criadora.
Deixe passar alguns minutos e procure sentir como a pessoa ficou e como o ambiente se modificou. Perceba a diferença.
Se você fizer isto constantemente, vai se sentir cada vez mais confiante e seu poder aumentará ainda mais.
Faça em você. Faça em quem você quiser ajudar. Faça sempre na sua casa.
Você vai ouvir as pessoas dizendo ao entrar, que a sua casa “está com um astral bom”.
Você pode responder : “E não é que está mesmo?”.
Um lembrete final: a diferença entre a magia branca e a magia negra é a intenção.
Então, pegue a sua varinha de condão, bote o seu chapéu de cone e mãos à obra!

Beto

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Arrebentando as correntes

É impressionante como o complexo de vítima nos atinge, sorrateira mas, incisivamente, sem nos darmos conta da sua existência em nossa vida.
É uma herança cultural recebida através do leite materno, acho eu, que vai se alastrando, se alastrando, tomando conta de nossa vida, atingindo também a vida daqueles que nos rodeiam, um a um.
Como uma epidemia, quando nos damos conta desta realidade, temos que providenciar rapidinho um antídoto eficaz para este mal, antes que ele acabe com a nossa energia, com o nosso bom ânimo, com o nosso pique de vida, com a nossa imaginação, com a nossa capacidade de criar condições para uma vida melhor, mais saudável e mais gratificante.
Mas, há um complicador neste elenco, porque quando somos vítimas é porque existe um fato ou alguém que é o algoz.
Contudo, também o algoz, se questionado, exporá as razões para as suas atitudes e nós o inocentaremos imediatamente, reconhecendo-o também como vítima dos acontecimentos.
Na verdade, são tantos os fatores que nos levam a acreditarmos na nossa condição de vítima, que podemos partir desde a condição física de nosso nascimento, do ato sexual de nossos pais, até a nossa condição atual física, afetiva e social, o que torna o personagem da vítima, um personagem muito fácil de ser encarnado, já que não exige grandes esforços da nossa parte, a não ser um pouco de imaginação, bem pouco mesmo...
O circuito fechado vítima e algoz, como um novelo, pode sem dificuldade ser desenrolado até as entranhas do sistema, das crenças religiosas, das escolhas que fazemos, de nossos parceiros nos relacionamentos amorosos, dos relacionamentos profissionais, etc.
A única maneira de se romper com este personagem que criamos e alimentamos em nossa vida, de interromper este circuito, é olhando de frente para nós mesmos, diante de um espelho, nos perguntarmos (e ficarmos ali, olhando nos olhos da nossa própria imagem, no aguardo de uma resposta) o que é que queremos de nós mesmos e de nossa vida...
A resposta, como um foguete, vem estourando em luzes que se acendem e que se apagam alternadamente, nos dizendo: “Está na hora de fazer a virada, de mudar! Pensamento é a sua força, mude a sua direção, acredite na sua capacidade de aprender diariamente, de crescer, de se realizar, de ser feliz, e principalmente, de perdoar!“
A partir deste momento, novas imagens surgem em nossa mente, criadas a partir da nossa alma, que ansiosa e ao mesmo tempo confiante, por tanto tempo tem silenciosamente aguardado por esta nossa descoberta e proposta de mudança.
A clareza começa a tomar conta da nossa mente, dos nossos pensamentos, da nossa capacidade de observação.
A gente se sente como se até então estivesse precisando usar óculos para enxergar melhor e nem suspeitasse desta nossa necessidade.
A gente começa a se festejar diariamente simplesmente por existir e por ser como é e por ter a capacidade de poder a cada dia melhorar mais um pouquinho.
As correntes que nos imobilizavam vão sendo rompidas, uma a uma.
Vamos abandonando aquele conceito de nós mesmos como vítimas, escravizados pela fatalidade, com o olhar sempre voltado para baixo ou para trás, para o que já passou.
Vamos percebendo a cada dia, a cada momento, o quanto podemos tornar nossa vida mais rica, mesmo sem necessariamente termos sido contemplados com o primeiro prêmio da Loteria.
Aliás, o que ainda não havíamos percebido é que o prêmio somos nós mesmos e nossa vida.
E então, alertas, vamos rompendo com estas correntes, usufruindo ao máximo deste prêmio !

Lúcia M.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Dicas

Aprendi duas novas, que quero compartilhar com você, antes que me esqueça:

“Pata de vaca” : eficientíssimo para acabar com qualquer tipo de carência afetiva (a esta época do ano, aqui em Campinas, estas árvores estão floridas e lindas). Como usar : macerar algumas folhas da árvore, misturar com a água do banho e se lavar da cabeça aos pés com esta mistura. Faça isto diariamente, até perceber que está se sentindo melhor. A árvore de “pata de vaca” existe apenas para nos complementar com amor (o doce que aconchega a nossa alma) . Também é recomendada para acabar com a diabetes – manipulada em farmácias de manipulação.

2. para ter certeza de que as frutas, legumes, verduras e hortaliças que você está comendo estejam completamente livres de químicos e de agrotóxicos, na véspera de utiliza-los ou em até 2 horas antes, coloque-os de molho num recipiente com bastante água e alguns toquinhos de carvão , deste que se usa em churrasqueira. O carvão retira todo elemento estranho à composição natural destes alimentos. Experimente e constate que até o sabor se modifica.

Abraços
Lúcia M.

Harry Potter e nós

Desconhecemos nossa capacidade de criar, de transformar, de transmutar energias apenas através da nossa força inata chamada pensamento.
Somos todos exemplares de Harry Potter na nossa vida real e não nos damos conta disto.
Quem é que nunca viveu a experiência de estar pensando em uma pessoa querida e no mesmo instante esta pessoa ligar o telefone para você?
Quem é que nunca experimentou a situação de estar preocupado com alguma coisa ou alguma pessoa e sem mais nem menos, numa situação completamente inesperada, uma pessoa que não conhece os seus problemas se põe a falar com você, como se tivesse sido “enviada” para te ajudar?
Estas “coincidências”, que acontecem tanto na vida de todos nós, não são simples situações do acaso, nós as atraímos com nosso magnetismo através do pensamento.
Por isto, quando sentirmos vontade de dizer: - “...Pára, que eu quero descer!”, mesmo cansado(a), procure dentro de você esta força, que está lá, aguardando para ser colocada em uso - em seu beneficio e dos outros.
Você deve estar achando que agora estou definitivamente enlouquecendo, mas, eu lhe asseguro que loucos somos todos nós, quando pensamos que a força do mundo está no dinheiro, no sistema financeiro, nas religiões, nas autoridades de cada pais, Estado, município, instituição, etc...
Loucos somos todos nós, quando acreditamos que nossa felicidade depende totalmente de fatores externos, dizendo para nós mesmos, que somos apenas um pingo na imensidão de água de um oceano e que o mar tumultuado vai nos levar para onde quiser, nos esquecendo completamente desta nossa capacidade extraordinária e inata de criar uma nova realidade a partir simplesmente de nosso querer e de nosso pensamento.
Loucos somos todos nós, quando nos sentimos completamente sem forças e oprimidos, entregando a outra pessoa ou ao sistema as decisões e atitudes que deveriam ser apenas nossas – de coração.
Para o sistema, que corresponde aos governos, às instituições financeiras e às religiões, quanto mais indefesos nos sentimos, mais depositaremos em suas mãos a nossa vida, o nosso destino...
Muitos de nós temos passado a vida nos atormentando e perdendo preciosos momentos de repouso e de sono, nos cansando de tanto nos preocuparmos com o Presente, com o Futuro e de ficarmos olhando para o Passado com angústia, ou com dor , ou com medo, ou com ódio...e lá se vai para o ralo toda esta nossa energia tão poderosa, capaz de criar a partir simplesmente de nossa vontade, criando situações tão magnificamente positivas...
Dr. Masaru Emoto teve a feliz iniciativa de registrar em imagens, a formação de cristais de água a partir da emissão dos pensamentos humanos. O resultado foram formas mágicas, verdadeiras jóias de cristal de diferentes desenhos, respondendo a diferentes emanações energéticas emitidas pelo pensamento.
Procure na Internet pelo seu nome : Masaru Emoto. Você vai ficar encantado(a) e vai perceber a força que representa um simples pensamento!
Leia com atenção e boa vontade o que este cientista procura mostrar para o mundo e em seguida reflita em você e na sua vida...
Estas constatações me ajudaram muito a perceber sob uma nova visão as situações que tem se apresentado em minha vida e espero que possa lhe ser útil, como tem sido para mim.
Nos encantamos tanto com esta série “Harry Potter”, sem nos darmos conta de que nas suas entrelinhas se esconde uma mensagem reveladora para todos nós, humanos : somos todos “Harry Potter”.

Lúcia M.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O espelho

Lá vem ela, como sempre,
com seu nariz proeminente
me olha como seu eu fosse gente
e como malvada bruxa da historia
me pergunta: - “Estou bonita, estou decente? “
Eu ali, estático, sua imagem refletindo
atestando aquela feiúra latente
mais e mais que me fita
menos se acha bonita...
Me contorço por dentro
a me conflitar
vontade que tudo escureça
só para ela se soltar
e por fim, me abandonar.

Lúcia M

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Pegadas com desapego...

Mil e uma coisas me vem à cabeça quando penso em desapego.
Desapegar é deixar ir, é abrir espaço para o novo, é deixar para trás a insegurança do próximo momento em nossa vida, é permitir-se receber o que o Universo está preparando de melhor para nossa vida.
Não é fácil, apenas por uma questão de habito, de costume.
Afinal, aprendemos que economizar dinheiro é um bom habito, é multiplicador.
A educação nos ensinou que não se fala claramente ao outro sobre aquilo que nos incomoda nele ou sobre como seu comportamento para conosco.
Não se explicita, não se fala abertamente.
O problema nem é falar ou não falar, é saber trabalhar dentro da gente aquela situação, para que não crie raízes e não dê origem a uma arvore frondosa cheia de situações mal resolvidas e não esclarecidas na nossa via de passagem, no nosso caminho.
Quando não se processa as sensações e os sentimentos, apenas guarda-se um monte de situações mal resolvidas e negativas em nossa caixa preta, que fica instalada dentro do nosso coração e da nossa mente, enchemos o nosso caminho de obstáculos, o nosso próprio – e de mais ninguém.
Mas, será que agindo assim, estamos nos respeitando, estamos fazendo o bem para nós mesmos, estamos nos amando como merecemos?
Pensou nisto?
Temos que estar atentos para não entupirmos nossa casa, nosso coração, nossa mente, com o que pode ser descartado para abrir espaço, para deixar que o oxigênio circule livremente, fazendo da nossa existência algo mais leve, mais nobre e mais abundante, deixando entrar o novo.
Viemos a este mundo para realizar algumas missões ao longo de nosso dia a dia, de nossa historia.
Pode até parecer um contra senso, mas, não é : quanto mais nos despojamos dos nossos apegos em nossa existência, mais próximos ficamos da abundancia, da harmonia e da paz.
Começar a caminhar pela nova rota - do desapego - exige esforço e determinação, parece dificil a primeira vista, mas, o retorno vem de maneira tão gratificante, que nos estimula a seguir diante.
A mochila pesada dificulta nosso caminhar...
O desapego representa uma confiança saudável e firme na abundancia divina.
O Universo é rápido e direto nas suas respostas as nossas mudanças.

Lúcia M.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Despedida de Rainha

Ela pensa que é rainha e me considera como fazendo parte do seu reinado, reinado do nada, rei-nada...
Seus olhos de rainha não expressam ternura, não espelham dor, não refletem sua angústia, não projetam luz alguma, apenas olham, embora nem sempre enxerguem...
Suas mãos impecavelmente bem cuidadas, inertes e frias, como as mãos de uma estatua, não tocam instrumento algum, mais nada – não tocam, não trocam, não enlaçam e nem se entrelaçam.
Sua garganta se resseca e ela se engasga. Engasga com tantas palavras sufocadas (que sem vomitá-las aqui, levará consigo para o outro plano).
Sua boca guarda suas palavras, como aquela minha bolsinha de guardar moedas, silenciosamente.
Sua pele enruga, resseca, perde o brilho, assim também a sua alma.
Seu corpo agora é só peso, é só fardo, seus tempos de esplendor físico já se foram, ficaram no passado - que só pode ser apreciado através de fotos. Familiares que haviam partido há tempos andavam habitando seus sonhos durante a noite, sempre de braços abertos e um enorme sorriso nos lábios.
De dentro do baú de suas lembranças, tantas passagens, como mortos, aguardam o dia da autopsia.
Os céus dizem "amém, venha a nós..."
Seu corpo reafirma o apelo – suas mãos, suas pernas, seus pés, sua boca, sua pressão arterial – enquanto sua alma em pânico o ancora nesta Terra.
A insegurança, o medo, a incerteza de ter que passar a viver onde desconhece, numa terra que nem sequer consegue imaginar...
E se tudo aquilo em que acreditou a vida inteira for a pura verdade?
Que cenario a acolherá, o "céu" dos puros ou o inferno dos " pecadores"?
Perderá seu domínio e seu reinado de rainha?
Não, ainda não, seu apego lhe ordena a ficar mais por aqui.
Até um dia, em que fui testemunha destas cenas finais.
O desespero da dor se sobrepôs ao apego.
O apelo dos anjos celestiais finalmente foi atendido.
Neste dia, a rainha ao acordar, saudou o dia com estas palavras: "Bom dia, vida, adeus, passarei a reinar num mundo que desconheço, mas, estou disposta a viver mais esta grande aventura"...
Sem medo e sem apegos, fechou os olhos, orou e serenamente se deixou levar...

Lúcia M.

Tributo a Michael Jackson

Sem dúvida, quem não dançou Michael Jackson? Quem não viu várias vezes seguidas "Thriller"? Talento inegável!!!
Mas daqui há algum tempo iremos nos lembrar do massacre da mídia, que nos dias de hoje nos faz engolir alguém, que, nos dizem imortal.
Na era dos "is" Ifone, Ibest, Imac, Itaú, INSS, IG, IPVA, querem nos impor mais um Icone ... Imichael ... Ele não fez só cemitérios e zumbis com balanço funk, gingado e muita performance ...
Michael Jackson teve parceria artística, produção em equipe e muita inspiração (provavelmente) em outros planos e aí esta seu talento - alguém não multimidia, mas multidimensional ...
Ele não foi um ser que do nada saiu fazendo coisas geniais. Um ícone desconectado dos mortais ! Era também um menino-homem com síndrome de Peter Pan MTV e um "moleque" MP3.
Ah ... muita grana e muita overdose de mídia, esta mesma que nos injeta doses letais de "desconexão", em plena era do "conectar". Michael Jackson não é cartão de crédito, definitivamente!!!
Que ele tem seu lugar em nossos corações, sem dúvida !!!
Espero que daqui há 50 anos, um adolescente possa reverenciá-lo no seu devido tamanho, tempo e espaço.
Adoramos de forma inabalável Michael Jackson, porque somos ocidentais.
Será que os chineses se importam tanto assim com "pop star"?
Michael Jackson é globalizado, porque universais são IBach e IBeetoven !!!

Biglig

sábado, 27 de junho de 2009

Uma questão de praticidade

Sabe aquela pessoa que nos magoou, que foi desonesta conosco, que se aproveitou da nossa fragilidade e nos prejudicou, que nos explorou, que nos traiu, que nos roubou, que nos humilhou, enfim, aquela que na nossa lembrança aparece envolta em uma mancha escura ?
Existe um nó em torno do seu nome e da sua imagem, como uma névoa, que na verdade, nós é que criamos dentro de nosso coração.
Este nó vai estrangulando a passagem do oxigênio exatamente naquele compartimento do nosso coração.
É um nó, é outro nó, e logo teremos um "colar de nós" que vai apertando a nossa garganta, mas é um incomodo que vem lá do coração.
Conforme estes nós vão se instalando em nosso coração, vão nos transformando em pessoas amargas, vingativas, cheias de queixas, cheias de mágoa, cheias de ódio.
Nossa vida vai se modificando e nem percebemos o quanto estamos nos tornando pessoas dignas de compaixão; os amigos e parentes vão se afastando de nós e a solidão passa a ser a nossa maior companheira.
Embora na maioria das vezes, aqueles a quem não perdoamos nem tenham consciência disto, este nó onde seu nome e sua imagem estão desenhados e guardados dentro de nosso coração, representam uma parcela da sua energia que fica ali aprisionada, cativa, distante.
Esta energia fica lá dentro do nosso coração paralisada, endurecendo, apodrecendo dentro dos nós, sendo alimentada pela força de nosso pensamento e de um sentimento negativo, sem proveito algum para quem quer que seja.
As paredes do nosso coração vão engrossando, vão endurecendo, formando uma fronteira entre o mundo externo e nós mesmos, entre o seu pulsar natural e o mundo. Parece que passamos a viver apenas entre as paredes grossas deste muro construído com uma argamassa de rancores, de queixas e de lamentações.
Com o tempo, estes nós vão se expandindo por todo nosso ser, se refletindo em problemas de saúde, transformando nossa vida num sofrimento e num isolamento cada vez maior.
Existe um grande objetivo divino por trás deste conjunto único e complexo que somos cada um de nós.
Nós não fomos dotados de inteligência e de tantas outras qualidades maravilhosas para nada. Se mais nada explorarmos dentro de nós, nossa inteligência e a busca pela felicidade sempre falarão mais alto.
É a nossa inteligência somada ao impulso natural ligado ao instinto de sobrevivência, que nos levam a caminhar para a frente, que vão nos ajudar a perceber que é muito mais saudável, mais pratico e mais amoroso perdoarmos a todos aqueles que trazemos aprisionados em nosso coração, libertando-os e eliminando este peso, que tanto nos tem prejudicado.
Cada um de nós traz em si a condição natural da liberdade de ação, o famoso "livre arbítrio", que nos faz únicos em nossa individualidade.
Podemos, com a ajuda de nosso senso de observação, perceber os fatos e as pessoas a partir de nossos sentimentos, de nossa experiência de vida, impulsionados pelas nossas necessidades pessoais, movidos por afinidades e assim por diante e aí reside a magia do viver.
Na verdade, a partir do momento em que passamos a responder por nossas decisões, por nossos sentimentos e por nossas atitudes, depende de nós mesmos o quanto nos empenhamos para desenvolver nossos talentos, para criarmos um ambiente de leveza, de alegria, de gratidão na nossa vida e ao nosso redor.
Todos nós, ainda antes de virmos a este mundo, fomos instrumentalizados com as ferramentas para construir uma vida plena e sempre recheada de novas conquistas, mesmo que por muitas vezes, surjam obstáculos a serem superados. Aliás, é para isto mesmo que aqui estamos - para nos superarmos diariamente, ampliando nossos potenciais, exercitando nossa capacidade pratica de encontrar soluções para as questões do dia a dia.
Portanto, nem que seja apenas por senso prático, é mais inteligente e vantajoso perdoarmos e tirarmos do nosso coração o nó da mágoa, do rancor, da vingança e substituí-lo rapidamente pelo perdão.
Quando colocamos muito peso na nossa bagagem, nosso caminhar pela vida se torna mais cansativo, mais doloroso, mais sofrido e pesado e o trajeto se parecerá mais longo e tortuoso.
Portanto, é melhor nos despojarmos de tudo o que possa representar um peso a mais, para conquistarmos a liberdade de viver sem amarras a nos dificultar a ação.
Pense nisto...

Lúcia M.