quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mudança de rumo

Quem de nós já não viveu situações em que algo lá de dentro dizia que era hora de encerrar aquele capítulo, e a gente “esticava” aquele fio no relacionamento, na escolha profissional, na escolha de moradia, de país, de crença, etc...
A gente passa por uns momentos de plena lucidez em que se enche de força e de razão e decide seguir por outro caminho, por outra rota, seja solitariamente ou acompanhado e, de repente, diante de um argumento qualquer que nos seja apresentado, retomamos aquele trilhar já conhecido, até meio viciado, que, embora já não agrade mais, ainda exerce seu fascínio justamente pela facilidade que representa, por atestar o “não movimento” que é confortável.
Parece que de tempos em tempos, passa por nós uma onda em outra frequência de energia, que nos traz a luz, mas, que ainda não conseguimos sustentar, então, “escorregamos” de volta ao conhecido, ao cômodo, ao íntimo.
Assim é em infinitas situações da nossa vida, seja relacionadas à mudança de estilo de vida, ao nosso foco intelectual, à intensidade dos nossos afetos, etc.
E assim é, até o momento da maturação interna, até o dia em que a gente acorda e diz com toda convicção: “Hoje se finda esta história!”
É neste momento, que conseguimos alcançar um estágio em que as novas propostas, os novos projetos, os novos estímulos se condensaram dentro da nossa alma e enfim, conseguimos sustentar esta energia e nos movimentar na nova direção com fé, com determinação e com perspectivas positivas.
E é este “pacote” de estímulos que alimenta nosso ser diante de reações as mais diversas e as mais adversas por parte de todos com que convivemos.
É quando o “fruto maduro” cai do pé, como se diz...
Portanto, sem ansiedades, sem cobranças internas, sem flagelações e culpa, reconheçamos que existe o momento adequado para tudo nesta vida, inclusive para as mudanças profundas – sem culpar quem quer que seja ou as circunstâncias, porque a mudança já havia se iniciado há tempos no nosso mais secreto espaço interno, chamado “alma”, apenas agora escutamos seus apelos.
Uma névoa se desfaz e começamos a habitar um “espaço” claro, leve e positivo com a alegria e o entusiasmo renovado de uma criança!

Lúcia M.

Um comentário:

  1. inspiração,percepção, coragem , ação, acho que é por aí, Parabéns, muito bom texto, digno de revista, Beijo, Eliane Ratier

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