segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Medo



É medo de não conseguir alcançar o objetivo desejado...
É medo de perder o que já conquistou...
É medo de ser rejeitado...
É medo de se contaminar...
É medo de ficar pobre...
É medo de engordar...
É medo de não ser respeitado...
É medo de ficar doente...
É medo de ficar sozinho...
É medo de não conseguir chegar lá...
É medo de envelhecer...
É medo do escuro....
Medo, medo, medo, medo...
Uáu! Quantos medos a nos consumirem!

Que energia é esta tão paralisante, que faz com que sintamos que tudo o mais é grande e poderoso e só nós é que somos pequenos, vulneráveis, incapazes, sem brilho e sem força?

Quando esta sensação se apodera de nós, tudo o mais cresce e nós diminuímos, encolhemos e passamos a nos ver como um pequeno inseto sendo esmagado por um gigante – pesado, implacável e poderoso.  

Quando o tal do medo chega e nos pega de surpresa, meu Deus, que frio na barriga!...Até e respiração fica ofegante, fica curtinha, isto sem contar com o que  acontece quando ela nem consegue fluir livremente - provoca vertigens, enjôos, desmaios... Ai, este medo danado.

Numa situação adversa, quando sentimos medo, é como se fosse uma energia que toma conta de nosso ser todo, nos envolvendo, nos consumindo, esgotando as nossas energias, nos estressando completamente. A rota perfeita para um caminho de depressão, de angústia, da culpa e da doença.

Lembra-se daquele filme “O Segredo” ?
Pois é, o que ele se esqueceu de nos mostrar é que quando acreditamos em nós, quando olhamos para nós, enxergando nossas falhas e nossas qualidades, sabendo que é possível diminuir o negativo em prol do positivo, ficamos de bem conosco e isto nos enche de energia e de confiança em nós mesmos.
O que o filme se esqueceu de nos contar é que esta é a chave para a paz interior e para as conquistas pessoais – as duas, falhas e qualidades, são coisas que caminham juntas, lado a lado.

Contrariando as velhas lições do catecismo cristão, aqui estamos para sermos vitoriosos, para fazer brilhar a nossa luz e aprendermos a viver harmoniosamente, apesar de todos os fascínios, obstáculos e tentações que esta vida nos oferece diariamente. Não é uma questão de estarmos aqui para sofremos, mas, ao contrário, para conseguirmos conquistar a cada dia mais uma compreensão, uma paz interior, uma harmonia pessoal, a ponto de optamos por não nos deixar envolver quando percebemos que aquilo não nos fará bem. 
Isto é, olharemos para o fato, ou para a pessoa, ou para aquela situação específica, como se estivéssemos sobrevoando a cena e enxergando-a tão de longe, tão pequena, a ponto de não nos atingir, sem o menor sentimento de atração e de ligação com aquilo (ou aquela pessoa) .

Já imaginou que beleza o mundo sem este componente do medo?
Já imaginou todos em paz consigo mesmo?
Já imaginou que maravilha quando todos se sentirem seguros e felizes ? Trapacear para que? Competir porque?
Já imaginou que estas situações todas e muitas outras desaparecerão, pois, não mais se justificarão?
Já imaginou a música que irá tocar no ar? Quanta energia boa a nos embalar?
Algum sábio, cujo nome não me recordo agora, já havia dito: “Aquilo que não temo não me atinge, é como se não existisse”.

Lúcia M.

Um comentário:

  1. Que muito bom,Lúcia! O medo é destruidor e o pior é que é como um surto , vem , indomável e quando olhamos friamente é infundado. Vigilância é a palavra. Beijo

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