sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Caminho do meio

O Budismo sempre disse que na vida o melhor é o caminho do meio, nem mais para lá e nem para cá.
E neste simbolismo tão simplista, o ensinamento se funda no equilíbrio.

Estamos vivendo em uma época em que quem quiser pode se enriquecer adquirindo mais conhecimento, basta ter um computador, uma fonte de energia e um provedor e o desejo de se embrenhar pelo universo de informações que podem ser alcançadas através desta democrática invenção que é a Internet.
A Humanidade enfim, chegou ao patamar de poder se desenvolver por sua própria vontade, como ser inteligente, contando com o conforto de obter a informação que deseja num toque de dedos.
Assim, os horizontes de todos os habitantes deste planeta têm se alargado em um ritmo incrível, levando-nos a conciliar as diversidade das manifestações das emoções, dos sentimentos pessoais, das diferentes concepções filosóficas do viver, independente do idioma, dos costumes e das crenças.
Estamos na Era de Aquário, em que a água vertendo, vai lavando, limpando, levando todos os obstáculos do caminho, formando um novo espaço a ser ocupado por aqueles seres que têm nascido e os que já estão mais crescidos, que tem nos surpreendido com seus inventos, com suas manifestações artísticas, com os recursos tecnológicos que têm criado e com as lições que têm nos ensinado desde pequenininhos, que muitas vezes, nos provocam um sentimento arrebatador de aprendizes em formação. 
Abençoados são estes jovens e estas crianças, prontas para viver em um mundo totalmente novo.
Não podem e nem poderão ser educadas como nós fomos ou como nossos filhos foram, seu nível de clareza emocional é muito superior, sua missão nesta existência é muito grandiosa. Seu ideal não será a riqueza material, o acúmulo, o cultivo da vaidade e do poder, seu ideal é humanitário e sua atenção se voltará para o bem comum – sem fronteiras, sem preconceitos, sem distinção de cor ou de crença.
Esta é a geração que já vem preparada para trilhar o “caminho do meio” com todo desembaraço e fluidez.
É a geração cristal, arco-iris, que enxerga além da forma, além da matéria, consciente da necessidade de dar  melhor destino para seus talentos do que simplesmente fazer grandes cálculos e construir edificações  grandiosas.
Esta época já ficou para trás na história da humanidade. Esta é a geração do social e do compartilhamento.
Nesta nova era, do “caminho do meio”, ninguém será discriminado por causa do sua aparência física, ou da sua cor, da sua origem, da sua direção sexual ou das suas crenças...
Não mais castigo, não mais acusações, não mais espaço para a palavra “pecado”, pois, o equilíbrio se sustenta pelo sentimento de amor, de compaixão, de fraternidade, de união e de igualdade, onde todos se reconhecem como cúmplices irmanados em uma mesma realidade.
Assim se desenvolve a humanidade, assim evolui sua história e a cada dia mais, os limites vão sendo derrubados, seja de fronteiras, seja por motivos políticos ou econômicos e sociais e assim será.
A cada geração o ser humano se aproxima mais do seu EU maior, com uma religiosidade inata que dispensa rótulos, religiões e seitas limitantes, numa comunicação direta com aquela Luz maior, que já trazemos dentro de cada um de nós. Afinal, fomos gerados a partir de um encontro mágico, graças a um luminoso espermatozóide ligeirinho, provavelmente, mais dotado de luz, que assinou para sempre o compromisso genético de nossa história passada e futura ao se acomodar confortavelmente num óvulo macio e quentinho, que o aguardava, para juntos iniciarem a jornada deste novo ser na Terra.
Assim fomos gerados e assim será...que me desculpem os cientistas que pretendem criar vida artificialmente através de clones, de cópias, pois, vida se faz com impulso, com movimento, com estimulação, com sentimento e não só com cálculos matemáticos, com tubos de ensaio a aparelhos.
Neste aparente caos em que nos encontramos neste momento, em que tudo que pairava silenciosamente parece emergir com toda sua energia e força, trazendo para a superfície tanto o lado negativo como a faceta mais luminosa, é deste encontro com o nosso EU maior, numa troca íntima e exclusiva, que conquistamos a força para nos colocarmos acima das energias maléficas e pesadas, sem nos esquecer de nossa origem luminosa e redobrando nossa atenção para que esta luz cresça tanto que possa iluminar a sombra e a escuridão ao nosso redor. 

Lúcia M. 

3 comentários:

  1. Amém, Lúcia! Quero crer que assim seja, mas, por enquanto, não percebo os sinais da mudança, o retorno deste fundo de poço. Beijíssimos de luz.

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  2. Lúcia minha querida! Adorei o texto! Concordo com tudo! Rs
    Continue escrevendo.... Obrigado por compartilhar sempre!

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  3. Muito bom e claro !!!
    Levo e compartilho no Facebook !!!
    Realmente muito Bom !!!

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