Já ouvi tantas vezes mães se referindo aos filhos adultos
(que também já são grandes e que muitas vezes até já lhe deram netos) como “o
meu bebê...” ou “as crianças...”
Há uma outra expressão assustadora, muito comum, que é
quando a mãe diz :
- “...Você sabe, para mim, filho é sempre a minha criança...”
Fico olhando para aquela mulher e me perguntando se foi isto
mesmo o que escutei. E quando pergunto a ela se entendi direito o que ela havia
dito, a resposta é: - “ Ah! Você que é mãe sabe, mãe é assim, filho(a) (no
plural ou no singular) é sempre uma preocupação na vida da gente!...”
E me calo, pasma, me perguntando se ela sabe que se
pré-ocupar é se ocupar de nada, de nada que seja positivo, algo bem diferente
de vibrar positivamente para...
Quantas vezes escutei a frase: - “...ser mãe é padecer no
paraíso...”
E com esta de que ser mãe é viver preocupada com aquele
(aqueles) ser(seres) que por ela foi(foram) gerado(s), fico pensando nos pobres
deste(s) filhos(as) que têm que arcar com o eterno peso sobre suas costas, foco
da eterna preocupação da sua mãe, que deixou de dormir em paz desde que o (a) trouxe
ao mundo.
É uma herança judia, misturada com italiana, misturada com
uma herança portuguesa, que trata os(as) filhos(as) como se fossem eternas
crianças irresponsáveis e incapazes de cuidar da própria vida, mesmo sendo já
adultos, com filhos grandes...
E se esta mãe deixar de externar esta sua preocupação com
o(s) seu(s) rebento(s), teme ser apontada pelos familiares e entre as vizinhas
e amigas, como uma mãe “desnaturada” que não se pré-ocupa de seus filhos.
Se você conhece alguma mãe que age desta maneira, conta para
ela que tudo que é criado e cuidado com amor, floresce, cresce e se desenvolve
com saúde e com alegria.
Conta para ela que a maior força que se pode dar a alguém é
projetar sobre aquela pessoa muita luz e imaginá-la durante toda a vida
percorrendo seus caminhos altiva, confiante e feliz.
Conta para esta mãe que potencializando as qualidades do(a)
seu(sua) filho(a) ela estará ajudando-o(a) superar suas limitações com bom
ânimo, humildade e responsabilidade.
Fala para esta mãe relaxar e começar a acreditar que existe
uma força Maior que não nos abandona e que assim como “cuida” de nós, também
“cuida” de nossos(as) filhos(as).
Conta para ela que todos viemos a este mundo para sermos
felizes e para aprendermos a superar os obstáculos que vão aparecendo com fé,auto-estima,
bom ânimo e perseverança.
E se você ainda tiver a oportunidade, conta para esta mãe
que o mundo todo é feito de seres que um dia foram gerados por uma mãe e que o
mundo será muito melhor no dia em que o amor de mãe for saudável e
enriquecedor. Algumas vezes, será preciso contar tudo isto também para alguns
pais.
Pense nisto.
Namastê.
Lúcia M.
Lúcia M.
Muitíssimo bem lembrado!!
ResponderExcluirOutro dia tive oportunidade de ajudar uma mae a desmamar (literalmente) o filho de 3 anos, e o menino está realmente começando a ficar mais independente. Mas acho que se o filho tivesse 30 anos já seria mais dificil. Essa herança é muito forte. Já uma amiga brasileira que mora na Alemanha, cobra aluguel do filho de 25 que mora com ela.
ResponderExcluirGostaria muito de separar a manifestação de afeto da doação material, mas volta e meia estou misturando os dois, o que é parte dessa herança também.